Este artigo aprofunda os bastidores da fraude de Pierre Plantard, que se autoproclamou herdeiro da linhagem de Jesus Cristo e fundador do Priorado de Sião. Analiso como esse grupo foi registrado oficialmente apenas em 1956, desmascarando supostos documentos medievais e a relação com obras como “O Código Da Vinci”. Este conteúdo apresenta uma visão clara sobre as motivações políticas e espirituais de Plantard, revelando por que ele jamais comprovou a conexão com a dinastia Merovíngia.
INTRODUÇÃO
Quando comecei a me aprofundar nos mistérios que cercam o nome de Pierre Plantard e do enigmático Priorado de Sião, confesso que me senti fascinado pelas histórias que ligam essa sociedade secreta à suposta linhagem de Jesus Cristo.
Ao mesmo tempo, também me deparei com a grande fraude que Plantard teria criado, uma intrincada narrativa que buscava conectar sua própria genealogia à Dinastia Merovíngia.
Minha pesquisa me levou a descobrir detalhes surpreendentes sobre esse personagem, seus objetivos e a influência que exerceu, principalmente depois do lançamento de livros como “O Santo Graal e a Linhagem Sagrada” e do best-seller “O Código Da Vinci”.
Agora, convido você a mergulhar comigo nessa trama repleta de intrigas históricas, políticas e espirituais, que continua a instigar a curiosidade de tantas pessoas até hoje.

A NOTORIEDADE DO PRIORADO DE SIÃO.
O Priorado de Sião entrou no meu radar, em especial, por causa do sucesso de Dan Brown, autor de “O Código Da Vinci”. Nesse livro, Brown narra uma teoria de que Jesus Cristo teria se casado com Maria Madalena, sobrevivido à crucificação e gerado descendentes que teriam construído uma linhagem de reis na Europa. A guarda desse segredo e dessa suposta linhagem caberia a uma sociedade secreta chamada Priorado de Sião.
Embora Dan Brown tenha popularizado a ideia, percebi que isso já havia sido discutido anteriormente no livro “O Santo Graal e a Linhagem Sagrada”, publicado em 1982 por Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln.
Esses autores foram além e defenderam, com estrutura quase “acadêmica”, que os Merovíngios — considerados a primeira monarquia francesa — seriam herdeiros do sangue de Cristo, e o Priorado de Sião teria a missão de proteger essa dinastia.
Como se não bastasse, eles incluíram na teoria o envolvimento de Pierre Plantard, apontando-o como o legítimo herdeiro dessa linhagem sagrada e, na época, Grão-Mestre do Priorado. Por mais que essa ideia pareça absurda ou mesmo blasfema aos olhos de muitos, confesso que a profundidade e coerência do texto faz qualquer um questionar brevemente a realidade dos fatos.
PIERRE PLANTARD E A QUEBRA DA TEORIA
Foi ao me aprofundar na história de Pierre Plantard que a credibilidade do Priorado, ou pelo menos das alegações sobre sua antiguidade, começou a ruir. Na prática, ele havia fundado a organização há muito menos tempo do que se imaginava.
Em 20 de julho de 1956, Plantard registrou oficialmente o Priorado de Sião junto ao governo francês e passou a publicar a revista da ordem, chamada “Circuit”.
Isso significava que não havia qualquer evidência concreta de que essa sociedade remonta aos tempos medievais, como eu mesmo cheguei a cogitar. A documentação mostra que, em 7 de maio de 1956, ocorreu o pedido de autorização para a criação do Priorado de Sião, e somente em 20 de julho do mesmo ano a entidade foi oficialmente reconhecida.
Quem assinou o pedido ao lado de Plantard foram André Bonhomme, Jean Deleaval e Armand Defago, todos fundadores declarados.
O curioso é que o endereço da organização era a própria casa de Plantard, em Sous-Cassan, Annemasse, na Alta Sabóia. Ao consultar esse registro, notei que a descrição original do Priorado falava em formar uma ordem católica, recuperando valores “cavaleirescos” para promover um ideal elevado.
Nenhuma menção a linhagens secretas ou à proteção do suposto sangue de Cristo aparecia ali. Somente por volta de 1960 essa sociedade ganhou ares místicos e passou a difundir a ideia de ser herdeira de uma tradição milenar surgida em Jerusalém no século XI.
A Inspiração para o nome Priorado de Sião
Estudando as influências de Plantard, descobri que ele admirava as ideias do esoterista Paul Lecour, fundador da revista mística “Atlantis”. Lecour defendia que a juventude cristã francesa buscasse retomar valores cavalheirescos, formando grupos ou “priorados”.
A escolha de Plantard para incluir “Sião” veio do fato de ele morar perto de uma colina chamada Monte Sion (ou Mont Sion), na Alta Sabóia. E, claro, havia também o “Monte Sião” de Jerusalém, que reforçava o ar sagrado e misterioso que Plantard tanto desejava para sua nova organização.
A partir da década de 1960, ele notou que o mundo vivia uma efervescência cultural, com forte interesse em espiritualidade, misticismo e teorias conspiratórias. Plantard inseriu, então, uma narrativa histórica e esotérica no Priorado de Sião, alegando que essa ordem teria origem no século XI e que seu propósito era proteger a dinastia merovíngia — e, por tabela, toda a Europa, já que essa linhagem se conectaria, de modo secreto, a Jesus Cristo.
O VERDADEIRO ALCANCE DO PRIORADO DE SIÃO
Uma das descobertas mais reveladoras, ao meu ver, foi perceber que o grupo não contava com muitos membros. Era basicamente composto pelo próprio Plantard e alguns amigos próximos.
Eles chegaram a criar o subtítulo C.I.R.C.U.I.T. (em francês: “Chevalerie d’Institution et Règle Catholique et d’Union Indépendante Traditionnelle”), que nomeava o periódico “Circuit”. Nele, Plantard publicava sua visão política e tradicionalista, defendendo a restauração de uma monarquia católica na França.
Dentro dessa proposta, Plantard se declarava guardião de uma linhagem que remontava à monarquia merovíngia. E foi nesse momento que Pierre Plantard passou a se autointitular “Pierre Plantard de Saint-Clair”, adotando um sobrenome aristocrático.
Mas por que o sobrenome Saint-Clair?
Mergulhei na história da família Sinclair e vi que eles são originários da Escócia, de uma linhagem inicialmente conhecida como Saint-Clair. Suas terras ficavam ao sul de Edimburgo, em Roslin (hoje Rosslyn), famosa pela capela erguida no século XV, que é cercada de lendas templárias, rosacruzes e maçônicas.
Em muitas histórias, acredita-se que o Santo Graal teria sido levado para Rosslyn e ali escondido.
Plantard pegou carona nessa reputação e traçou supostos elos com a família Norman Saint-Clair Gisors, que teria dado origem aos Sinclair escoceses, e cujo ancestral, Jean de Gisors, seria fundador do Priorado de Sião lá no século XII.
Porém, é amplamente aceito que tudo não passou de uma grande montagem de Plantard para legitimar sua falsa ancestralidade nobre.

A FRAUDE DOS DOSSIERS SECRETS
O passo mais ousado de Pierre Plantard, na minha análise, foi a criação de uma tabela de Grão-Mestres do Priorado de Sião, supostamente ativa desde o século XII. Ele teria forjado documentos conhecidos como “Dossiers Secrets de Henri Lobineau” e os depositado na Biblioteca Nacional de Paris em 27 de abril de 1967.
Esses registros listavam personalidades históricas importantes como líderes da ordem ao longo dos séculos, conectando-as aos Merovíngios e, naturalmente, a Plantard.
No entanto, boa parte dos historiadores, ao investigar a autenticidade desses papéis, concluiu que tudo não passava de invenções de Plantard. O suposto representante da dinastia merovíngia não tinha qualquer prova verídica de que seu sangue descendia de reis antigos, tampouco de Jesus Cristo.
O fim da linha para Plantard e seu Priorado de Sião
Nos últimos anos de vida, Pierre Plantard viveu de forma reclusa, sem qualquer envolvimento significativo com o Priorado. Ele morreu no ano 2000, sem ver seu sonho de restaurar a monarquia merovíngia na França ser concretizado.
Para mim, foi surpreendente constatar como essa fraude ainda repercute e alimenta novas sociedades que se nomeiam “Prieuré de Sion”, em uma tentativa de manter viva a chama dessa lenda. Há até quem diga que o filho de Pierre, Thomas Plantard, assumiu o comando como Grão-Mestre após a morte do pai.
Contudo, não encontrei provas sólidas que validem essa continuação.
CONCLUSÃO
Depois de me debruçar sobre documentos oficiais, livros, teorias e lendas, pude entender que a grande “conspiração” envolvendo Pierre Plantard e o Priorado de Sião foi, na verdade, construída por um homem ambicioso, que criou uma rede de falsas evidências para se autoproclamar herdeiro de uma linhagem real e sagrada. Ainda assim, não há como negar que, ao longo das décadas, essa história conseguiu fascinar milhares de pessoas, inspirar romances de grande sucesso e até mesmo alimentar todo um imaginário sobre segredos ancestrais e sociedades secretas.
Afinal, quem não gosta de uma boa história que mistura religião, poder, misticismo e intriga? É curioso notar como essas teorias — mesmo quando desmascaradas — continuam a ressoar no imaginário popular, seja pela forma empolgante em que são contadas ou pela natural inclinação humana para explorar o desconhecido.
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