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Fascinação no Espiritismo: Entenda essa Obsessão Sutil e Como Preveni-la

Este artigo explora a fascinação no contexto do espiritismo, uma forma sutil de obsessão onde espíritos influenciam indivíduos, comprometendo seu discernimento. Através de exemplos práticos e fundamentos nas obras de Allan Kardec, Chico Xavier e Divaldo Franco, discutimos como identificar, prevenir e tratar essa influência, enfatizando a importância da autocrítica, orientação coletiva e estudo contínuo para manter a integridade espiritual.

Homem pensativo sendo influenciado por espírito invisível ao fundo, representando a fascinação no espiritismo.
A fascinação espiritual pode estar mais perto do que você imagina. Entenda os sinais e saiba como se proteger — leia o artigo completo!

Introdução

Imagine-se navegando em um mar calmo, sob um céu límpido. De repente, uma névoa densa se forma ao seu redor, obscurecendo sua visão e desorientando sua bússola. Você acredita estar no rumo certo, mas, sem perceber, está sendo levado por correntes traiçoeiras para águas perigosas.

No contexto do Espiritismo, essa névoa simboliza a fascinação, uma forma sutil e perigosa de obsessão que pode desviar médiuns e estudiosos de sua trajetória espiritual.

Neste artigo, exploraremos o conceito de fascinação, suas manifestações, fundamentos nas obras de Allan Kardec, Chico Xavier e Divaldo Franco, e, principalmente, estratégias para preveni-la e tratá-la.

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1. Compreendendo a Fascinação no Espiritismo

No livro “Obsessão, o Passe e a Doutrinação”, Herculano Pires nos diz que “a obsessão se caracteriza pela ação de entidades espirituais inferiores sobre o psiquismo humano. Kardec distinguiu, em suas pesquisas, três graus do processo obsessivo: obsessão simples, subjugação e fascinação.”

Na obsessão simples, a infestação espiritual atinge a mente causando perturbações mentais; na subjugação amplia-se aos centros da afetividade e da vontade, afetando os sentimentos e o sistema psicomotor, levando o obsediado a atitudes e gestos estranhos e tiques nervosos; por fim, na fascinação afeta a própria consciência da vítima, desencadeando processos alucinatórios.

Na Antiguidade a obsessão era tratada com violência. As práticas do exorcismo, até hoje vigentes no Judaísmo e no Catolicismo, destinam-se a afastar o demônio de maneira agressiva e violenta. No Espiritismo o método empregado é o da persuasão progressiva do obsessor e do obsediado.

No Livro dos Médiuns inclusive podemos ler que: “Dava-se outrora o nome de possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até a aberração das faculdades da vítima. A possessão seria, para nós, sinônimo da subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente votados ao mal, enquanto não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem melhorar-se; segundo, porque implica igualmente a ideia do apoderamento de um corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o que há é apenas constrangimento. A palavra subjugação exprime perfeitamente a ideia. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar do termo, há somente obsidiados, subjugados e fascinados.”

Capa do livro "Obsessão, O Passe, A Doutrinação" de J. Herculano Pires, sobre obsessão, fascinação e doutrinação no espiritismo à luz de Allan Kardec.
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Quais as causas da Obsessão?

As causas da obsessão decorrem de vários fatores, dos quais os mais frequentes são: problemas reencarnatórios, tendências viciosas, egoísmo excessivo, ambições desmedidas, aversão a certas pessoas, ódio, sentimentos de vingança, futilidade, vaidade exagerada, apego ao dinheiro e assim por diante.

Essas disposições da criatura atraem espíritos afins que a envolvem e são aceitos por ela como companheiros invisíveis. Os espíritos obsessores não são os únicos culpados da obsessão. Geralmente o maior culpado é a vítima.

No capítulo XXIII do Livro dos Médiuns, nos diz que “as causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito.” E continua: “É, às vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência. Muitas vezes, também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram; encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor. Esses Espíritos agem, não raro, por ódio e inveja do bem; daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas. “

Na sequência do mesmo capítulo podemos ler exemplos que ilustram bem estes exemplos: “Um deles se apegou como “tinha” a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar. Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas distintas, em vez de o fazer a homens maus como ele, respondeu: estes não me causam inveja. Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de lhes resistirem. Um destes últimos, que subjugava um rapaz de inteligência muito apoucada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu: Tenho grandíssima necessidade de atormentar alguém; uma pessoa criteriosa me repeliria; ligo-me a um idiota, que nenhuma força me opõe.”

Como Reconhecer uma Obsessão?

De acordo com Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, reconhece-se a obsessão pelas seguintes características:

1ª) Persistência de um Espírito em se comunicar, de bom ou mau grado, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam;

2ª) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe;

3ª) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas ou absurdas;

4ª) Confiança do médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam;

5ª) Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis;

6ª) Tomar a mal a crítica das comunicações que recebe;

7ª) Necessidade incessante e inoportuna de escrever;

8ª) Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forçando-o a agir ou falar a seu mau grado;

9ª) Rumores e desordens persistentes ao redor do médium, sendo ele de tudo a causa, ou o objeto.

A Fascinação Segundo Allan Kardec

No universo espírita, a fascinação é uma modalidade de obsessão na qual um espírito exerce influência direta sobre o pensamento de uma pessoa, comprometendo seu discernimento e capacidade crítica.

Sobre a obsessão, no Livro dos Médiuns lemos: “A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, descreve a fascinação como uma ilusão criada pelo espírito obsessor que paralisa o julgamento do médium, levando-o a aceitar comunicações absurdas ou falsas como se fossem verdadeiras.

Diferentemente da obsessão simples, em que o espírito perturbador é facilmente identificado, na fascinação, o obsessor se disfarça de entidade benevolente, conquistando a confiança cega da vítima. Essa confiança impede que o indivíduo perceba a manipulação, tornando-o vulnerável a doutrinas enganosas e comportamentos prejudiciais.

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Allan Kardec alerta que a fascinação é perigosa porque o espírito obsessor inspira uma confiança cega no médium, impedindo-o de ver o embuste, mesmo quando o absurdo é evidente.

Mecanismo descrito por Kardec em “O Livro dos Médiuns” para a Fascinação:

  • Isolamento intencional (item 239) – o obsessor elimina vozes discordantes para que a narrativa fique impune.
  • Contágio psicológico (item 244) – Kardec declara que os não‑médiuns também caem na cilada.
  • Bolha de validação (item 239 + notas sobre orgulho) – o médium fascinado hostiliza críticos e reúne apenas admiradores, transformando o erro pessoal em erro de grupo.
  • Credulidade do público (Revista Espírita) – quanto mais fácil o grupo aceita “grandes nomes”, mais combustível dá ao Espíritos enganadores.

Kardec deixa claro que a fascinação nasce na mente do médium, mas torna‑se perigo real quando encontra conivência coletiva, alastrando‑se a todos que suspendem o senso crítico diante da “autoridade” do fascinado.

Obra / ItemTexto de KardecComo mostra a extensão ao grupo
O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 239“O que o fascinador mais teme são as pessoas que veem claro. Daí consistir a sua tática em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre.”O Espírito cria uma “bolha” em torno do médium, expulsando críticos para que todos em volta aceitem a ilusão — indicação clara de propagação ao ambiente.
O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 244“Graças à fascinação… mesmo os que não são médiuns podem deixar‑se apanhar.”Kardec afirma explicitamente que observadores e simpatizantes, embora sem faculdade mediúnica, também se tornam presas do engano.
O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, notas sobre orgulho e isolamentoO médium fascinado “repela todo conselho”, evita amigos “que lhe possam abrir os olhos” e “toma ódio às pessoas que o advertem”, favorecendo “esse insulamento a que o arrastam os Espíritos que não querem contraditores”.O isolamento forçado cria um círculo de seguidores dóceis; sem confronto, a ilusão coletiva se consolida.
Revista Espírita, out./1858 – *Obsediados e subjugados*Kardec observa “a facilidade com que algumas pessoas aceitam tudo que vem do mundo invisível… é o que anima os Espíritos embusteiros”.Ele liga a credulidade do público ao sucesso da mistificação, mostrando que a obsessão prospera quando encontra plateia acrítica.

Como um legitimo desejo de curar e servir pode se transformar num elemento de vaidade capaz de causar tantos danos e “falsas curas” junto aos médiuns passistas?

O desejo legítimo de ajudar pode ser corrompido pela vaidade, que gera disputas entre os médiuns. Quando o médium começa a buscar reconhecimento e status, em vez de focar no verdadeiro serviço ao próximo, ele se torna vulnerável a influências que podem comprometer a eficácia dos trabalhos espirituais e gerar “falsas curas”.

2. O que está escrito no Livro dos Médiuns sobre a Fascinação?

No Livro dos Médiuns lemos:

“A fascinação tem consequências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações.

“O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula.

“Fora erro acreditar que a esse gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem.

“Já dissemos que muito mais graves são as consequências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.

“Compreende-se facilmente toda a diferença que existe entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os Espíritos que produzem esses dois efeitos devem diferir de caráter.

“Na primeira, o Espírito que se agarra à pessoa não passa de um importuno pela sua tenacidade e de quem aquela se impacienta por desembaraçar-se. Na segunda, a coisa é muito diversa. Para chegar a tais fins, preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude.

“Os grandes termos — caridade, humildade, amor de Deus — lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber.

“Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que veem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre.”

3. Exemplos Práticos de Fascinação

Para ilustrar como a fascinação se manifesta, consideremos um caso retirados do livro “Aconteceu na Casa Espírita”, psicografado por Emanuel Cristiano sob a orientação do espírito Nora. Este livro nos convida a uma profunda reflexão sobre os desafios enfrentados no ambiente espiritualista. A obra revela os bastidores invisíveis do trabalho mediúnico, demonstrando como a atuação dos espíritos benfeitores e das entidades inferiores influencia a rotina da Casa Espírita.

O Caso de Maria Souza

No Capítulo 10, “Fascinação”, acompanhamos a queda moral da médium Maria Souza. A sua fascinação começa com espíritos menos desenvolvidos que querem destruir a casa espírita onde ela trabalha semenado a ideia de “missão grandiosa” quando Maria dormia.

Nos sonhos, apareciam‑lhe “com propostas extravagantes”, prometendo ‑lhe ​destaque, mídia e “verdadeiros prodígios” ligados às suas “faculdades curativas”. Ao despertar, ela tomava essas orientações oníricas como revelações legítimas e passava a planejar sua execução, sem qualquer apreciação crítica.

O sonho, portanto, funcionou como canal de influência hipnótica: o espírito obsessor cria uma narrativa de glória, o médium acorda crente em sua veracidade, e o julgamento racional fica suspenso — quadro clássico descrito por Kardec para a fascinação. ​

O processo ultrapassou o âmbito pessoal: cerca de trinta simpatizantes “igualmente fanatizados” reúnem‑se, dão voz aos “novos mentores” e pressionam a diretoria para implantar cirurgias espirituais.

Embora a gênese da fascinação seja individual — Maria acredita piamente em instruções enganosas — ela se propaga a mentes que vibram na mesma sintonia de vaidade e milagre fácil.

Dessa forma, temos uma fascinação “coletivizada”: os adeptos não analisam, apenas endossam, ecoando o mecanismo descrito por Kardec em que a confiança cega de uns se estende a muitos. ​

Capa do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Divaldo Pereira Franco, psicografado pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda, mostrando uma paisagem colorida com árvores e um rio ao fundo.

  • Sugestão de Leitura: Se você busca compreender melhor essas sutis interações, o livro “Nos Bastidores da Obsessão” oferece uma análise detalhada de como as energias espirituais nos afetam diariamente. Garanta já o seu e descubra como essas influências podem moldar sua vida de forma profunda.

A Fascinação de Maria Souza

“Maria Souza desenvolvia vontade sincera em ajudar, mas o sonho de ser uma grande magnetizadora, uma extraordinária médium de cura, atrapalhava-lhe as boas disposições, pois o pedantismo lhe anulava as melhores intenções…”. O pedantismo de Maria Souza a tornava manipulável. Em vez de se focar na cura genuína, ela passou a agir movida pelo desejo de ser admirada, o que comprometeu sua ligação com a espiritualidade superior.

Em vez de focar no alívio do sofrimento dos outros, ela se preocupava em se tornar uma referência na área, alimentando uma ambição pessoal que enfraquecia sua conexão com a espiritualidade superior.

Essa postura a tornava vulnerável à influência de espíritos manipuladores, que exploravam sua vaidade para desviá-la do propósito genuíno do trabalho espiritual.

Dominada por promessas de fama e grandes “cirurgias espirituais” feitas por espíritos pseudomentores, ela mobiliza cerca de trinta simpatizantes e procura os dirigentes do Centro — Castro e Israel — para exigir uma sala, divulgação na mídia e liberdade total para operar.

Antes da conversa, benfeitores espirituais posicionam‑se ao lado dos dirigentes, enquanto o espírito obsessor Elvira envolve a médium, reforçando‑lhe o orgulho. Com serenidade, Castro sugere testes reservados e estudo doutrinário para que Maria desenvolva a mediunidade com segurança.

Israel reforça: o Espiritismo visa a cura das almas, não a exibição de fenômenos, e a busca de notoriedade costuma atrair adversários desencarnados. Ferida no orgulho, Maria reage com agressividade, acusa os dirigentes de inveja e ameaça abandonar o Centro levando seus seguidores.

Alertada sobre o risco de praticar medicina ilegal e de cair em armadilhas espirituais, ela se recusa a recuar, convencida de que o “Dr. Júlio César” a guiará ao estrelato.

Sob gargalhadas de Elvira, a líder dos seus obsessores, Maria abandona a reunião sem despedir‑se. Os dirigentes permanecem tranquilos, conscientes de terem cumprido o dever de zelar pela pureza doutrinária e pela segurança dos frequentadores.

Capa do livro "Aconteceu na Casa Espírita", de Emanuel Cristiano e Nora, retratando uma casa espírita com luzes espirituais e figuras representando o trabalho mediúnico.
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Os argumentos de Maria Souza mais evidenciam o estado de fascinação:

  • Promessa de fama e mídia: fala em anúncios “em jornais conceituados”, entrevistas na televisão e pesquisadores estrangeiros estudando suas faculdades.
  • Visão messiânica: afirma que receberá “receitas do próprio Codificador” e que “reverterá tudo para a Doutrina”, colocando‑se como instrumento indispensá
  • Pressa e megalomania: despreza o período experimental proposto, quer operar já, em grande sala, para multidões.
  • Ameaça e vitimismo: ao ser convidada à reflexão, reage: “Vocês têm medo de eu me tornar mais importante”, e ameaça deixar o Centro levando seguidores.

Cada ponto revela sinais clássicos descritos em O Livro dos Médiuns: orgulho, infalibilidade e recusa de qualquer controle alheio. ​

 Antídotos para a fascinação que Israel e Castro oferecem a Maria Souza?

  • Estudo e experimentação discreta – propõem analisar a mediunidade “com rigor”, em grupo pequeno, catalogando resultados antes de partir para o grande público.
  • Humildade doutrinária – lembram que o objetivo espírita “não é curar corpos, e sim almas”; logo, o médium precisa cultivar simplicidade e serviço anônimo.
  • Tempo de amadurecimento – citam exemplos de médiuns respeitáveis que trabalharam “em silêncio durante anos” antes de funções maiores.
  • Vigilância contra a vaidade – alertam para os perigos da fama e da “busca frenética pelo destaque”.
  • Conformidade às leis humanas – recordam que cirurgias podem configurar exercício ilegal da medicina, trazendo consequências morais e legais.
Mulher escrevendo concentrada com espírito azulado pairando ao lado, sugerindo influência invisível.
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4. Resumo Fundamentado nas Obras de Kardec, Chico Xavier e Divaldo Franco

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, alerta que a fascinação é perigosa porque o espírito obsessor inspira uma confiança cega no médium, impedindo-o de ver o embuste, mesmo quando o absurdo é evidente.

Chico Xavier, através de suas obras psicografadas, também aborda a fascinação, enfatizando a importância da vigilância e da humildade.Ele ressalta que médiuns fascinados frequentemente se consideram detentores de verdades absolutas, ignorando conselhos e advertências de companheiros encarnados e desencarnados.

Divaldo Franco, em suas palestras, destaca que a fascinação é uma das formas mais sutis de obsessão, pois o indivíduo não percebe que está sendo manipulado. Ele enfatiza a necessidade de autoconhecimento e disciplina mental para evitar cair nessa armadilha espiritual.

Capa do livro Mecanismos da Mediunidade, de Chico Xavier e Waldo Vieira, mostrando uma pessoa em um cais de madeira observando o pôr do sol sobre o mar.

4. Prevenção e Tratamento da Fascinação

Prevenir e tratar a fascinação requer uma combinação de autoconhecimento, humildade e prática constante dos ensinamentos espíritas. Algumas medidas incluem:

  • Autocrítica Contínua: Manter uma postura de questionamento saudável sobre as comunicações recebidas, evitando a aceitação cega de mensagens, mesmo que pareçam elevadas.

  • Busca por Orientação Coletiva: Participar ativamente de grupos de estudo e reuniões mediúnicas, valorizando o feedback de companheiros experientes.

  • Estudo das Obras Básicas: Aprofundar-se nas obras de Kardec e autores respeitados, fortalecendo o discernimento doutrinário.

  • Prática da Prece e Meditação: Cultivar momentos de conexão com o divino, fortalecendo a sintonia com espíritos benévolos.

  • Atenção aos Sinais de Isolamento: Estar atento a comportamentos que levam ao afastamento de amigos, familiares ou grupos espirituais, pois o isolamento é terreno fértil para a fascinação.

No caso de João, por exemplo, ao perceber os sinais de isolamento e autoritarismo, seria recomendável que ele buscasse diálogo com mentores e colegas, reavaliando suas experiências mediúnicas à luz dos princípios doutrinários. Já Maria poderia beneficiar-se ao retomar o convívio com sua rede de apoio, compartilhando suas dúvidas e experiências para obter diferentes perspectivas.

Capa do livro Pensamento e Vida, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, mostrando uma mulher de costas, caminhando em uma estrada rural cercada de árvores.

  • Sugestão de Leitura: Para entender mais sobre essa prática, o livro “Pensamento e Vida”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, é uma excelente leitura para quem deseja aprimorar sua capacidade de manter-se espiritualmente protegido.

Conclusão

A fascinação é uma sombra sutil que pode obscurecer o caminho luminoso da evolução espiritual. Como uma névoa que se instala sem aviso, ela exige vigilância constante, humildade e compromisso com a verdade.

Ao nos armarmos com o conhecimento das obras de Kardec, Chico Xavier e Divaldo Franco, e ao praticarmos a caridade e a autocrítica, fortalecemos nossa bússola interna, garantindo que nosso percurso espiritual permaneça alinhado com os princípios do bem e da verdade.

Que possamos, com discernimento e amor, dissipar as ilusões e caminhar.

Capa do livro "Autodefesa Psíquica" de Dion Fortune, mostrando uma figura humana no centro de um círculo de luz com flechas apontando para o corpo, representando a proteção contra ataques psíquicos.

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