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Qual a Visão Espírita de Deus? Aprofunde-se No Espiritismo

Bem-vindo(a)! Neste artigo, compartilho meu estudo sobre Deus à luz do Espiritismo, abordando questões fundamentais: o que é Deus, Deus segundo o Espiritismo, e como a Doutrina Espírita analisa Seu poder e perfeição, destacando como a Doutrina entende a Inteligência Suprema e causa primária de tudo. Isso através de argumentos lógicos sobre a impossibilidade do acaso, o conceito de causa e efeito, atributos divinos e referências clássicas de Allan Kardec, além de passagens bíblicas que reforçam essa perspectiva.

Céu estrelado e engrenagens unindo “O que é Deus” ao conceito de “Deus no Espiritismo”
Uma cena que aborda “Qual a visão Espírita de Deus?”, unindo a vastidão do cosmo com a precisão de engrenagens, simbolizando a harmonia divina segundo o Espiritismo.

Introdução

Seja bem-vindo(a) ao meu espaço de estudo e reflexão! Hoje, quero abordar um tema essencial para quem pesquisa ou simplesmente se interessa pelo Espiritismo: “Qual a visão Espírita de Deus?”.

Logo de cara, eu já adianto que este é um assunto que une minha própria curiosidade acadêmica e minha busca pessoal de sentido. Meu objetivo aqui é trazer uma perspectiva séria, embasada e otimizada para quem procura entender melhor como o Espiritismo define e percebe a figura divina.

No conteúdo a seguir, vou explorar questões como “O que é Deus?”, “espírita acredita em Deus?”, “Deus no Espiritismo” e “Deus segundo o Espiritismo”. Vou me apoiar nos ensinamentos de grandes referências, como Allan Kardec e passagens bíblicas que dialogam com a visão espírita.

Aliás, se você é como eu, que gosta de compartilhar descobertas, já antecipo meu convite para que, ao final desta leitura, deixe seu comentário com suas impressões e compartilhe este artigo com outras pessoas. Afinal, debater essas ideias e trocar conhecimento gera um crescimento espiritual e intelectual valioso para todos.

Imagem de um céu estrelado ilustrando a harmonia do Universo segundo o Espiritismo
A imensidão celeste reflete a grandeza de Deus na visão espírita, evidenciando a harmonia divina em toda a Criação.

1 – O que é Deus Segundo o Espiritismo?

Minha pesquisa me levou à conclusão de que, para entendermos “o que é Deus” do ponto de vista espírita, precisamos mergulhar diretamente na obra de Allan Kardec.

E, de acordo com O Livro dos Espíritos, a primeira questão levantada por Kardec é exatamente: “Que é Deus?”. A resposta dos instrutores espirituais é certeira e breve: “Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas.”

Embora direta e curta, essa definição carrega uma profundidade extraordinária. Se tudo aquilo que existe é um efeito, então há uma causa anterior que o gerou. E para o Espiritismo, Deus é exatamente essa causa primária, responsável por dar origem ao universo, às leis morais e a toda forma de vida.

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2 – A Prova da Existência de Deus

Muitos se perguntam como provar a existência de Deus sob o prisma racional. Eu mesmo, em meus estudos, numa época mais materialista me daparei com essa questão. No Espiritismo, a lógica usada se baseia em alguns axiomas:

  1. Tudo o que existe tem uma causa.
  2. O efeito nunca é superior à causa.
  3. Todo efeito inteligente provém de uma causa igualmente inteligente.

Partindo dessa linha de raciocínio, vemos que o universo, com toda a sua complexidade e ordem, é um efeito notoriamente inteligente. Sendo assim, cabe supor que haja uma Causa Inteligente por trás dele. E é exatamente a essa Causa que chamamos de Deus.

Para muitos, surge o questionamento: “Não poderia o universo ter surgido por acaso?”

Bem, o Espiritismo responde que, se atribuíssemos tudo ao acaso, ainda faltaria explicar a origem dos elementos que supostamente se ‘chocaram’ para gerar esse todo. E mais: como um fator não inteligente (o mero acaso) poderia resultar em um efeito permeado de leis, harmonia e organização como vemos no cosmos?

Neste momento, quero lembrar uma pertinente e sagaz citação atribuída a Theophile Gautier: “O acaso é, talvez, o pseudônimo de Deus, quando não deseja assinar.” Em última análise, o acaso não oferece base sólida para explicar a inteligência manifesta em cada detalhe do Universo.

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Teria o Universo se Formado por Acaso?

Ao analisar a natureza, podemos nos perguntar: se fosse o acaso a força que deu origem a tudo, como explicar a direção e impulso corretos para cada elemento fundamental? Como explicar a presença de leis físicas precisas que regem a matéria e leis morais que regem a vida espiritual?

A conclusão, dentro do Espiritismo, é simples: não há acaso. Tudo segue normas muito bem organizadas, de modo que o desenvolvimento dos astros, da matéria e da própria vida espiritual aponta para uma Inteligência superior. E é fascinante observar como, em cada canto do Universo, a harmonia prevalece de forma surpreendente.

A Natureza poderia ter se autocriado?

Ainda seguindo este raciocínio, algumas correntes acreditam que as propriedades íntimas da matéria justificariam a formação inicial de tudo que existe. Entretanto, o Espiritismo frisa que essas “propriedades” também são efeitos, e, como todo efeito, necessitam de uma causa.

Imagino o exemplo de um relógio. A presença de um relógio com todo o seu funcionamento intrincado atesta a existência de um relojoeiro, uma inteligência capaz de conceber, montar e dar corda àquele objeto. E se extrapolamos a comparação, podemos dizer que o Universo é como um gigantesco maquinismo — com uma complexidade muito maior do que qualquer invenção humana — e, portanto, também depende de um Criador inteligente, infinitamente superior a nós.

Agora, lanço mão da citação a Voltaire, quando ele diz: “O mundo me intriga e não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro.” É uma metáfora que nos convida a refletir sobre a lógica de atribuir a causa primordial do Universo a um ser infinitamente sábio.

Engrenagens de um relógio representando a inteligência que concebe e mantém o Universo
As engrenagens em sincronia simbolizam a organização do Universo, reforçando a ideia de uma Causa Primária onisciente.

3 – A Definição Espírita de Deus

Como estudioso do Espiritismo, considero que a grande síntese sobre Deus está naquele célebre trecho de O Livro dos Espíritos, reforçado em outras obras de Kardec. Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, justo e bom em grau infinito.

Os Atributos de Deus

Refletir sobre os atributos de Deus me faz perceber o quanto nossa compreensão ainda é limitada. Kardec ensina que podemos deduzir o que Deus é, analisando aquilo que Ele “absolutamente não pode deixar de ser sem deixar de ser Deus”. Em outras palavras, ao percebermos que algo se opõe à perfeição divina, já não podemos atribuí-lo ao Criador.

Para organizar meus pensamentos,foi-me útil destacar alguns pontos:

  • Eterno: Não teve começo e não terá fim. Se tivesse surgido em algum momento, deveríamos especular outra causa para Ele, o que seria contraditório.
  • Imutável: Não sofre alterações. Se Deus mudasse, as leis que regem o Universo estariam sujeitas ao caos.
  • Imaterial: Diferente de tudo que conhecemos como matéria e, por isso, imperceptível aos olhos físicos.
  • Único: Não haveria unidade de propósitos se existissem vários Deuses.
  • Onipotente: Se tudo o que existe é criação de Deus, Ele, portanto, tem pleno poder sobre a sua obra.
  • Soberanamente justo e bom: A harmonia e a provisão de recursos para suas criaturas, desde as menores até as maiores, evidenciam justiça e bondade infinitas.

Considero uma citação de Allan Kardec na obra A Gênese, cap. II, item 19 extremamente elucidativa: “(…) toda teoria, todo princípio, todo dogma, toda crença, toda prática que estiver em contradição com um só que seja desses atributos (de Deus); que tenda não tanto a anulá-lo, mas simplesmente a diminuí-lo, não pode estar com a verdade.”

Em suma, qualquer sistema religioso ou filosófico que apresente Deus com falhas humanas, vaidades ou arbitrariedades não corresponde ao Ser Perfeito delineado pelo Espiritismo.

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4 – A Visão de Deus

Uma das passagens bíblicas que mais conversam com essa perspectiva espírita está em 1Jo 4:12, que afirma: “Ninguém jamais viu a Deus”. E, em Jo 4:24, Jesus diz: “Deus é Espírito.” Ora, se Deus é um Espírito em sua forma mais pura e excelsa, não podemos percebê-Lo com os sentidos materiais.

Contudo, isso não significa que esteja distante de nós. Desde que passemos a observar a “assinatura” divina na Criação, notamos que, mesmo sem enxergá-Lo com os olhos físicos, podemos senti-Lo de forma mais profunda por meio das nossas percepções espirituais.

A evolução humana, na visão espírita, indica que o nosso progresso moral e intelectual gradualmente aumenta nossa capacidade de “ver” a Deus de maneira mais clara. Isso remete também à fala de Jesus em Mt 5:8: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.”

Aliás, gosto de citar um episódio que o Espiritismo interpreta com muito cuidado: para Moisés, contemplar os fenômenos mediúnicos — em que bons Espíritos se manifestavam em nome do Criador, com efeitos luminosos impressionantes — era equivalente a “ver Deus face a face”. Não que ele O estivesse vendo literalmente, mas sim presenciando uma materialização da ação divina.

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5 – Visão Espírita: O Contato com o Divino

É comum encontrarmos essa pergunta: “Se Deus é tão grandioso, como nos relacionamos com Ele?” Afirmo, por exepriência própria que podemos senti-Lo intimamente. Essa percepção vem pelas “vibrações” — se me permite a expressão — do amor infinito que emana Dele e se mostra em toda parte.

No entanto, o Espiritismo não se cansa de ensinar que evoluir o intelecto e a sensibilidade espiritual é fundamental para perceber, entender e sentir a presença de Deus nos mínimos detalhes. É como se, gradativamente, descortinássemos um véu de limitações que nos impede de enxergar a profunda e radiante luz do Criador.

Espíritos altamente evoluídos, segundo a Doutrina, “veem” a Deus de forma mais perfeita. Nós ainda engatinhamos no que diz respeito a compreendê-Lo plenamente. Mas cada passo adiante na nossa jornada moral e intelectual amplia a percepção e a conexão com a natureza divina.

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Conclusão

Eu costumo dizer que falar de Deus é como tentar decifrar um enigma cujo código extrapola a nossa capacidade atual de entendimento. Na “infância da humanidade”, atribuímos formas e emoções humanas a Deus.

Com o progresso, começamos a diferenciar o Criador das Suas criaturas, entendendo que Deus é soberano, perfeito, eterno, imutável, imaterial, único e onipotente.

De toda forma, o Espiritismo nos faz um convite: por mais que nossa visão ainda seja incompleta, devemos buscar sentir Deus em tudo o que existe. Seja na organização e beleza do Universo, seja nas leis morais que regem nossas relações, seja no íntimo de nosso ser. Cada descoberta deve nos fortalecer para agirmos com fé, coragem e amor nos desafios diários.

E, como eu disse no início, a ideia aqui é trazer uma perspectiva séria, profunda e baseada nos meus estudos pessoais sobre “Deus no Espiritismo”. Espero que esse texto possa ter esclarecido alguns pontos e despertado mais perguntas em você. Afinal, o aprendizado é infinito — e isso é fascinante!

Então, pergunto: O que você acha sobre “Deus segundo o Espiritismo”? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo com pessoas que também se interessam por “O que é Deus?” ou questionam se “espírita acredita em Deus”. Dessa forma, ampliamos esse debate e promovemos a troca de ideias.

Os Livros de Allan Kardec que Codificaram o Espiritismo

  1. “O Livro dos Espíritos”
  2. “O que é o Espiritismo”
  3.  “O Livro dos Médiuns”,
  4. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
  5. “O Céu e o Inferno”
  6. “Obras póstumas”
  7. “A Gênese”

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