“A Origem Egípcia do Cristianismo” é um livro de Lisa Ann Bargeman, lançado em 2005, e que investiga os paralelos entre os rituais do cristianismo e aqueles desenvolvidos no Egito Antigo.
No livro “A Origem Egípcia do Cristianismo”, egiptóloga norte-americana Lisa Ann Bargeman apresenta uma análise informativa e iconoclástica das contribuições fornecidas pela mitologia egípcia e pelos rituais da Antiguidade aos conceitos e desenvolvimento ecumênico do cristianismo.
Obviamente, a religião egípcia carrega similaridades com diversos outros segmentos religiosos, como os dos gregos e dos judeus. A própria palavra e o próprio conceito de deus são invenção dos egípcios e se expressavam por NTR (Neter ou ideal de Deus) na língua deles.
Podemos ainda comparar, por exemplo, o Hino a Aton com o Salmo 104 e as máxima s de Ptah-hotep com os Dez Mandamentos. O Hino a Aton foi escrito por volta de 1350 a.C., enquanto o Salmo 104, acredita-se que tenha sido escrito em 500 a.C.
No Gênesis (capítulos 15 a 21), o desejo de Abraão e Sara de ter um filho apesar de sua aparente infecundidade bem poderia ter-se baseado na história de Taimhotep e sua esposa.
Abaixo vamos apresentar um resumo do que é apresentado neste livro que foi lançado no Brasil pela editora Pensamento, em 2012.
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Jesus Cristo e Maria têm ascendência egípcia?
Segundo Y. B. Jochannen, há um registro da divina concepção no Templo de Seti I (1394-1279 a.C.) em Abidos. O egiptólogo também afirma que há indícios em prol da tese de que Maria e Jesus eram de ascendência egípcia.
Jochannen ainda sugere que Jesus nasceu em uma caverna Etiópia – antes de os coptas, durante o governo do imperador Constantino, modificarem a cena e criarem a ideia da manjedoura em Belém.
O Cristianismo vem do Egito?
O site National Geographic nos diz que “o antigo Egito deu origem a uma das mais antigas religiões cristãs do mundo. As origens do cristianismo são encontradas em muitos lugares, incluindo o Egito , onde o cristianismo copta floresceu logo após a morte de Jesus.”
Mas o livo de Lisa Ann Bargeman vai mais fundo, dizendo que muito da mitologia e da ritualística da mitologia egípcia foi absorvida pelo cristianismo, principalmente pela Igreja Católica nos primeiros séculos do cristianismo.
E Lisa não é a única a afirmar categoricamente as origens egípcias do cristianismo, pois Ahmed Osman, afirma que “as raízes da crença cristã não brotam da Judéia, mas do Egito”.
Osman nasceu no Cairo em 1934 e é o autor de livros como “The Hebrew Pharaohs of Egypt”, “Moses and Akhenaton”, e “Jesus in the House of the Pharaohs”, e ele ainda sustenta que “os romanos fabricaram sua própria versão do cristianismo e queimaram a biblioteca alexandrina como forma de manter o poder político”.
Vários estudiosos cristãos admitem prontamente a influência do zoroastrismo sobre o cristianismo, porém, esses mesmos estudiosos nega a origem egípcia daqueles princípios fundamentais de sua religião, como a Vida Após a Morte, a Ressurreição, a Santíssima Trindade, os Dez Mandamentos, etc.
Porém, as semelhanças entre aspectos do cristianismos e da mitologia egípcia são várias, indo muito além dos alardeados paralelos entre Osíris e Jesus Cristo.
A história de Jesus e Osíris, apresentadas como relatos de segunda e terceira mão, eram usadas para das amparo à ideia do criador predestinado. Como a ocorrência desses eventos representa o cumprimento de orofecias, os relatos escritos eram considerados sagrados; como, por exemplo, a “Bíblia” e o “Livro dos Mortos egípcio.
Os encantamentos do “Livro dos Mortos”, por exemplo, datam de cerca de 3000 a.C., muito antes dos mais antigos dos livros da Bíblia. Não obstante, esta é vista como berço de toda a moral.
A influência da religião egípcia sobre a posteridade pode ser percebida principalmente através do cristianismo e de seus ancestrais históricos.
Para o Novo Testamento e até mesmo para a teologia cristã dos primeiros séculos deve ser vista como um exemplo particular da influência geral exercida pelo Egito Antigo sobre o mundo helênico.
Embora todas as formas de cristianismo revelem fortes paralelos com os rituais do Egito Antigo, os exemplos aparentemente mais nítidos provém do catolicismo.
Semelhanças Cerimoniais Entre os Ritos Egípcios e o Cristianismo
Os rituais egípcios sobreviveram sem alterações por cinco mil anos e influenciaram diversas escolas filosóficas e religiões modernas. Vamos começar pelo louvor e pela comunhão.
O verdadeiro significado do louvor pela comunhão é a unificação de povos diversos em Deus através de um alimento simbólico ou sagrado.
A comunhão não é uma ideia nova; Hat-shepsut dizia, sobre Amon: “[ele] é meu pão e eu bebo de seu orvalho. Eu e ele somos um só corpo”. Essa rainha, que governou por dezoito anos por volta de 1458 a.C., escreveu estas palavras muito mais de mil ano antes da época em que Jesus viveu.
No Papiro de Ebers, diz-se que a cura do homem pelo encantamento de Deus fará “com que o coração receba o pão”. Nessa mesma linha, segundo a Bíblia, “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (João 6:51).
Já o jejum a abstinência derivam da lenda egipcia do sagrado sacramento, segundo o qual “Osíris foi esquartejado por Seth. Ísis reuniu as partes do corpo do marido, mas o falo não estava entre estas, pois fora comido por uma espécie de peixe-tubarão”.
Daí o tabu eclesiástico relativo ao consumo de peixe no Egito, que é permitido em apenas um dia no ano. O tabu em relação ao peixe seria uma forma simbólica de conservar e garantir a reverência ao deus em questão.
Além disso, o terreno para um mediador, isto é, para um filho de Deus, sob a forma de um pastor todo-poderoso e um salvador nascido entre os homens comuns, já estava preparado muito antes do nascimento de Jesus.
As Trindades Egípcias e Cristãs
Cada um dos aspectos de ambas as religiões satisfaz a afirmação de que “todos os deuses são três”: O Pai (legislador implacável e irascível), o Filho (o gentil e bondoso cordeiro oferecido em sacrifício) e o Espírito Santo (o paráclito espiritual). No caso da religião egípcia tínhamos Amon, Rá e Ptah.
Já Morenz observa que Ptah-Sokar-Osíris é um só nome inicialmente usado pra designar a trindade egípcia. As trindades egípcias eram concebidas para elevar uma divindade inferior à condição de uma divindade superior.
E as trindades católicas são usadas com o mesmo propósito que as egípcias. A trindade secundária composta por Jesus, Maria e José é tão poderosa que representa o cerne do pensamento católico romano, que praticamente alçou Maria ao nível de Deus, como manifestação feminina Dele.
A Representação Simbólica
Em vários livros da Bíblia a “palavra de Deus”, que, metaforicamente, significa o caminho para vida, é descrita como a luz que combate a treva – isto é, o mal – diariamente.
Isso equivale, em termos gerais, a Rá como o deus Sol que se ergue no leste para banir a escuridão instituída por Apep, a serpente do mal. Nesse contexto, Apep e Seth têm praticamente o mesmo significado.
8 Razões Pelas Quais o Cristianismo Pode Ter Origem Egípcia
- A história de Abraão e Sara e seu desejo de ter um filho apesar de sua aparente infecundidade bem poderia ter-se baseado na história de Taimhotep e sua esposa;
- Os egípcios acreditavam que quando morriam apareceriam na “Sala da Duple Verdade”, que pode ser vista como uma antiga versão da porta do paraíso cristão, onde se encontra São Paulo;
- Tanto Jesus quanto Osíris tiveram um nascimento virginal e paraclético;
- Da mesma forma que os cristãos celebram o Natal, os egípcios celebravam Osíris, ambas figuras patriarcas perseguidos injustamente e que enfrentaram a morte pela glória da ressurreição, atraíram adoradores dedicados a reconstruir ou reviver “reviver o drama” de seu martírio;
- Jesus e Osíris foram traídos por comensais (Jesus por Judas e Osíris, por Tífon) em seu próprio banquete particular;
- Após a morte, tanto o corpo de Jesus quanto o de Osíris foram envolvidos em um manto de linho, e de Cristo por Maria e o de Osíris por Ísis; ambos foram ungidos em óleo e sepultados;
- Jesus e Osíris ressuscitaram logo após a morte. Ao reassumirem sua forma humana, eles reafirmaram o valor da boa conduta e demonstraram na pra´tica qual é a sua recompensa no outros mundo. Retornaram então ao paraíso, depois de terem “salvo o mundo”;
- Maria, mãe de Jesus, e Ísis guardam semelhanças, também. Ambas conceberam em virgindade, realizaram as mesmas tarefas quando da morte do filho.
Leia o Livro “A Origem Egípcia do Cristianismo”
Está claro que muitos paralelos existiram e forma conservados e disseminados pelas classes superiores, bem como pela educação religiosa.
No livro “A Origem Egípcia do Cristianismo”, Lisa Ann Bargeman detalha mais estes paralelos, criando tabelas comparativas sobre as correlações entre o cristianismo, mais especificamente o catolicismo, e a religião do Antigo Egito, incluindo as antigas escolas de Mistérios Egípcias de onde vieram escolas filosóficas como a Ordem Rosacruz.
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