Albert Pike foi o homem que redefiniu as bases ritualísticas e filosóficas da Maçonaria. Além disso, sua carta de 1871 tem sido objeto de controvérsia há anos. Descubra a verdade por trás desta figura histórica enigmática e separe o fato da ficção.
Neste artigo mergulharemos no mundo de Albert Pike, a figura enigmática por trás dos rituais maçônicos. Exploraremos sua vida e legado nesta exposição intrigante de seu trabalho.
Albert Pike é um nome que tem grande significado no mundo da Maçonaria. Conhecido por seu envolvimento no desenvolvimento de rituais maçônicos, a vida e o legado de Pike continuam a cativar a curiosidade de muitos. Nesta exploração, mergulhamos na figura enigmática de Albert Pike, lançando luz sobre suas contribuições e desvendando os mistérios que cercam sua obra.
Quem Foi Albert Pike? Juventude e Formação
Acredito que fora dos círculos esotéricos poucos sabem quem foi Albert Pike. Nome ligado aos Rosacruzes e à Nova Ordem Mundial (ele teria previsto em uma carta as duas guerras mundiais como se fosse um plano estrategicamente traçado para levar o mundo, após uma terceira guerra mundial, a uma fé única), Albert Pike foi um dos gigantes da maçonaria.
Albert Pike nasceu em 29 de dezembro de 1809, em Boston, Massachusetts. Ele cresceu em uma família de recursos modestos e recebeu uma educação básica. No entanto, a sede de conhecimento de Pike o levou a buscar mais estudos por conta própria.
Ele se tornou um ávido leitor e estudioso autodidata, mergulhando em vários assuntos, como direito, literatura e filosofia. A curiosidade intelectual e a dedicação de Pike ao aprendizado moldariam seus empreendimentos futuros e contribuiriam para seu sucesso no mundo da Maçonaria.
Foi professor (de 1825 – aos dezesseis anos – a 1831), advogado, proprietário e editor de jornal, juiz, poeta e compositor de letras musicais, além de um controverso general na Guerra Civil norte-americana. Um currículo que só reflete o grande erudito, de admirável conhecimento, que ele fora.
Albert Pike ficou em Boston até por volta de 1831, quando teve que deixar a região em decorrência de alguns escândalos amorosos. Dali ele rumou para o oeste dos Estados Unidos, mais precisamente para a cidade de Santa Fé, hoje Novo México, onde teve contato com tribos indígenas e levava uma vida difícil para um homem com a sua formação.
Albert Pike voltaria a lecionar no estado do Arkansas, onde se estabeleceu posteriormente, chegando a ter certa notoriedade como editor de jornal.
Logo Albert Pike. se tornaria advogado e, posteriormente, juiz de tribunal itinerante, obtendo seu lugar na Ordem dos Advogados e se destacando no Arkansas também nos negócios da região, numa época marcada pela instalação das estradas de ferro.
Envolvimento de Albert Pike com a Maçonaria.
O envolvimento de Albert Pike na Maçonaria começou na década de 1850, quando ele ingressou na Loja Maçônica em Little Rock, Arkansas. Ele rapidamente subiu na hierarquia e se tornou uma figura proeminente dentro da organização. O
conhecimento e a compreensão de Albert Pike sobre os rituais e simbolismos maçônicos eram incomparáveis, e ele era conhecido por sua capacidade de articular conceitos complexos de maneira clara e concisa.
Ele acabou se tornando o Soberano Grande Comandante da Jurisdição do Sul do Rito Escocês, cargo que ocupou até sua morte em 1891. As contribuições de Albert Pike para a Maçonaria, particularmente seus escritos e ensinamentos, continuam a influenciar e inspirar maçons ao redor do mundo.
Desde 1850 Albert Pike ascendeu rapidamente pelos graus das Lojas Azuis, do Rito de York e, depois, do Rito Escocês, até 1853. Entre os anos de 1854 e 1860 ele se dedicou a reescrever completamente os rituais do Rito Escocês.
O Período da Guerra Civil
Um defensor da escravatura, Albert Pike era força importante do Partido Americano, cujos membros eram conhecidos como “know nothings” (por sempre responderem “não sei”, quando questionados dobre sua organização), de posição anti-católica e anti-imigrante.
Após uma malfadada batalha em 1862, durante a Guerra Civil (na qual prestou seus serviços aos Confederados), Albert Pike precisou se refugiar numa cabana na floresta, onde aperfeiçoou os rituais do Rito Escocês e escreveu outras cerimônias.
Logo Albert Pike conseguiu o perdão presidencial, dado pelo também maçom Andrew Johnson, e voltou a ser advogado na cidade de Memphis, onde também amealha uma participação como proprietário do Memphis Daily Appeal.
Chama a atenção Albert Pike ser o único general confederado a ter uma estátua ao ar livre na capital dos Estados Unidos, e seu crédito para tal vem da notoriedade como estudioso e líder maçom.
As ligações de Albert Pike com a KKK e Os Cavaleiros do Círculo Dourado
Segundo algumas teorias, Albert Pike estaria entre os fundadores da Ku Klux Klan, tendo ajudado Nathan Bedford Forrest, fundador e primeiro líder da KKK, em questões jurídicas e como colaborador dos rituais da ordem.
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Albert Pike também pode estar ligado com os Cavaleiros do Círculo Dourado, lendários guardiões do tesouro confederado.
O tesouro trazia uma quantidade fabulosa de ouro e prata, sendo a riqueza inteira da Confederação no momento em que declarou que a causa estava perdida.
Fundação do Supermo Conselho dos Maçons
Em 1868, já morando em Washington, ele funda o Supremo Conselho do Rito Escocês dos Maçons, Jurisdição do Sul, onde se enquadrava como supremo comandante.
Nessa época, Albert Pike completa sua ambiciosa elaboração dos graus do Rito Escocês, intitulado “Dogma e Moral”, publicado em 1871, onde compilava ensinamentos egípcios, hebraicos, babilônicos, gnósticos, e hindus, oriundos de fontes antigas e ocultistas.
Este livro forneceu amparo àqueles que acusavam a maçonaria de satanismo, quando ele defende uma visão de Lúcifer como “luz” ou “iluminação”.
Entenda como Lúcifer é interpretado como luz e iluminação neste texto.
Com isso, Albert Pike deu ainda mais forças aos conspirólogos que defendiam a existência de um controle oculto dentro da maçonaria.
Ao contrário do que possa parecer, Albert Pike era pobre, e dependeu dos maçons por algum tempo, morando, até a sua morte, em 1891, na Casa do Templo, o centro de operações do Rito Escocês para os Estados do Sul, na cidade de Washington.
A Carta de Albert Pike de 1871
A carta de Albert Pike de 1871 tem sido o centro de muitos debates e especulações. Muitas teorias da conspiração surgiram em torno desta carta, mas é importante separar o fato da ficção.
Em 1871, Albert Pike escreveu uma carta aparentemente profética para Giuseppe Mazzini, um dos paladinos da independência de Itália junto a Garibaldi e suposto diretor dos Illuminati.
Nessa carta Albert Pike expõe um plano de Nova Ordem Mundial após três guerra mundiais que soa insólito em sua alta capacidade profética. Digo isso pelo uso de termos e nomenclaturas ainda não dominadas à época, além de eventos gerais dependentes de detalhes para serem controlados.
A não ser que Albert Pike tivesse “informantes em esferas mais altas do plano superior de nosso planeta”, tudo não passa de lenda, afinal a suposta carta a Mazzini estava em exposição no Museu Britânico Biblioteca em Londres até 1977, antes de ser retirada inexplicavelmente da vista do público, sem nenhuma foto!
O museu alega que ela nunca existiu!
Sou um tanto aberto a essas teorias, mas essa carta, definitivamente, me soa uma ficção envolvendo aquele rotulado por muitos como o Papa da Maçonaria. Um engodo para alimentar a conspiração da Nova Ordem Mundial.
Transcrevemos abaixo parte do conteúdo da suposta carta de Albert Pike. Lembro ainda que a visão de Pike tinha de Lúcifer era igual a do mito de Prometeu, como desenvolvemos nesse texto.
“A Primeira Guerra Mundial deve decorrer de forma a permitir que os Illuminati derrubem o poder dos Czares da Rússia e garantir que esse país se torne um bastião do comunismo ateísta. As divergências causadas pelos agentes Illuminati entre a Alemanha e a Inglaterra serão usados para fomentar esta guerra. No final da guerra, o comunismo será criado e usado de forma a destruir outros governos e ainda para enfraquecer as religiões.
“A Segunda Guerra Mundial deve ser fomentada por forma a tirar vantagem das diferenças entre os Fascistas e os Sionistas políticos. Esta guerra tem de surgir de forma a que o Nazismo seja destruído e o Sionismo político se torne forte suficiente para instituir um Estado soberano de Israel na Palestina.
“Durante a Segunda Guerra Mundial, o comunismo internacional tem de se tornar forte suficiente de forma a contrabalançar a Cristandade, o qual deverá então ser refreado e contido em cheque, até ao momento em que nós voltaremos a necessitar dele para o derradeiro cataclismo social.
“A Terceira Guerra Mundial tem de ser fomentada de forma a tirar vantagem das diferenças causadas pelos agentes Illuminati entre os Sionistas políticos e os líderes do mundo Islâmico. Esta guerra tem de ser conduzida de forma a que o Islão (Mundo Árabe Muçulmano) e o Sionismo político (Estado de Israel) se destroem mutuamente. Entretanto as outras nações, mais uma vez divididas nesta matéria serão constrangidas a lutar até ao ponto de completa exaustão física, moral, espiritual e econômica. Nós iremos então libertar os niilistas e os ateus, e então iremos provocar um formidável cataclismo social em que em todo o seu horror mostrará claramente a todas as nações as consequências do ateísmo absoluto, origem de selvajaria e agitação sangrenta.
“Então por todo o lado, os cidadãos, obrigados a se defender eles próprios contra as minorias revolucionárias, irão exterminar esses destruidores da civilização, e a multidão, desiludida com o Cristianismo, cujos espíritos ficarão a partir desse momento sem compasso ou direcção, ansiosos por um ideal mas sem saber para onde direcionar essa adoração, irão receber a verdadeira luz da manifestação universal da doutrina pura de Lúcifer, trazido finalmente aos olhos do público. Esta manifestação será resultado de um movimento reacionário geral no qual se seguirá a destruição da Cristandade e do ateísmo, ambos conquistados e exterminados ao mesmo tempo.”
Mesmo que do nada surgisse um segundo filho de Deus, ele não iria poder fazer nada, os milagres já se esgotaram, quando? Não sei dizer, o que sei é que o tempo não consegue voltar para trás, o planeta Terra já está a dar sinais de cansaço há demasiado tempo, a população humana também ultrapassou o seu limite não sei dizer quantas vezes, o que sei dizer é que não serão deuses inventados pelo homem que irão conseguir dar solução e salvar a humanidade do atoleiro em que se meteu, serão guerras talvez a solução final! Só consigo descortinar pessimismo infelizmente, tenho para mim que nem os maiores cérebros conseguem dar a volta ao fim que nos espera a todos, esses a maior parte das vezes estão ao serviço da destruição, tudo isto faz-me lembrar o filme ‘Apocalipse now’ quando alguém escreve numa parede ‘DEITEM A BOMBA’.