Conheça a “Lei de AMRA”, a lei do universo que leva à prosperidade

A lei de AMRA é uma lei muito antiga, que se fundamenta no princípio místico que diz: é preciso dar para receber. Esta era uma LEI sagrada entre os egípcios e judeus, e posteriormente dos cristãos.

A lei de AMRA é uma lei muito antiga, que se fundamenta no princípio místico que diz: é preciso dar para receber. Esta era uma LEI sagrada entre os egípcios e judeus, e posteriormente dos cristãos.

A lei de AMRA é uma regra universal muito ensinada pelas ordens iniciáticas baseadas no rosacrucianismo e sua atuação manifesta a necessidade da reciprocidade. Em outras palavras, ela é uma forma de manifestação da solidariedade humana e do amor ao próximo baseada na Lei da Unidade, ou seja, nossa expressão de Amor para o outro, retorna para nós em riqueza e benesses materiais e espirituais.

Todavia, o rosacruz Dana Dean, em 1930, já alertava para o entendimento errado da Lei de AMRA: “Foi uma lei mística e ainda é uma lei mística, embora alguns tentem deturpá-la em proveito próprio e convertê-la em uma lei puramente material, chamando-a de dízimo.”

Mesmo os neófitos no caminho do ensinamento rosacruz sabem, nas primeiras instruções que a origem dos ensinamentos rosacruzes estão nas Escolas de Mistérios do Antigo Egito. Soma-se a estes conceitos espressos pelos sábios da Grécia Antiga, como Pitágoras e Platão, posteriormente, pelos neoplatônicos. E a origem da palavra AMRA remonta às Escolas de Mistérios.

O que eram as Antigas Escolas de Mistérios?

Na Antiguidade, especialmente no Egito, a ciência só era transmitida a pessoas que haviam passado por uma série de provas, algo que na era moderna foi adaptada para a iniciação das Sociedades Secretas e, de uma forma mais simples, para todas as provas de admissão que todo ser humano faz ao menos uma vez na vida.

Naquele período Antigo da nossa história, essa transmissão de conhecimento era feita nos templos, sob os nomes de mistérios, e o sábio tomava o título de sacerdote ou iniciado. A ciência era secreta e oculta e por isso hoje em dia aquele conhecimento transmitido nas Escolas de Mistérios é conhecido como ciências ocultas.

Entretanto, vários de seus ensinamentos estão sendo difundidos até os dias de hoje, não apenas pelas escolas místicas e filosóficas. No livro “A Origem Egípcia do Cristianismo”, por exemplo, Lisa Ann Bargeman detalha paralelos, criando tabelas comparativas sobre as correlações entre o cristianismo, mais especificamente o catolicismo, e a religião do Antigo Egito, incluindo as antigas escolas de Mistérios Egípcias de onde vieram escolas filosóficas como a Ordem Rosacruz.

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O que é a Leia de AMRA?

A Lei de AMRA é um destes ensinamentos ocultos das Escolas de Mistérios, que se tornou um dos costumes antigos dos rosacruzes, pois exige que os místicos repartam com outros o pouco ou muito que receberam, fazendo uma doação racional.

No site de um dos capítulos da A.M.O.R.C., a mais respeitável ordem iniciática rosacruz na atualidade, lemos que “essa lei consiste simplesmente em expressar de algum modo o reconhecimento por um benefício recebido, entendendo-se que esse benefício não se trata necessariamente de uma aquisição material ou num ganho financeiro.”

A Lei de AMRA diz, textualmente, que, “se orarmos a Deus ou fizermos um pedido aos Mestres espirituais buscando alguma ajuda especial por causa de algum problema de ordem física, emocional, mental, espiritual ou material, e a prece for ouvida e o pedido concedido, será nossa obrigação fazer alguma compensação, não somente por meio de uma prece de agradecimento, mas, também, levando a outros uma pequena parte do benefício recebido. Se pedirmos melhora de saúde, alívio em algum sofrimento ou mesmo auxílio em negócios ou ascensão social, de acordo com a lei de AMRA, deveremos fazer alguma contribuição, separando uma pequena quantidade de dinheiro ou qualquer outra coisa material que possa ser usada para fazer mais feliz alguma outra pessoa ou melhor colocá-la em paz com o mundo. A menos que façamos isso toda vez que recebermos uma bênção por intermédio das Mentes espirituais, não poderemos pedir com justiça, no futuro, quaisquer outras bênçãos.”

Como aplicar a Lei de AMRA?

Para aplicar essa lei podemos prestar algum serviço a pessoas necessitadas, confortar alguém que esteja sofrendo, fazendo esforços para melhorarmos em nossas relações e, de modo geral fazer o bem ao nosso redor pelo emprego dos nossos talentos e nossas qualidades.

No livro “Princípios Rosacruzes para o Lar e os Negócios”, Harvey Spencer Lewis, um dos fundadores do ciclo moderno da AMORC, registra no capítulo 10, dedicado à Lei de AMRA, que várias pessoas, místicos ou não, aprenderam por experiência que o Cósmico não recompensa apenas de imediato, e sim no momento mais propício, e que, ajudando outros e dando o auxílio que puderem em favor da alegria alheia, estão acumulando bençãos cósmicas que lhes chegam quando delas precisam e na justa medida.

“Princípios Rosacruzes para o Lar e os Negócios”, de Harvey Spencer Lewis. 

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Spencer Lewis faz um pedido em dado ponto de seu livro que é importante neste momento: “Assim, meu pedido a vocês deverá ser o de que, a despeito da posição que ocupem na vida, da situação de seus negócios e assuntos financeiros, não devem permitir que suas próprias necessidades, especialmente as necessidades pretendidas, interfiram na liberdade de sua caridade ou na amplitude de seu desejo de ajudar”.

A Lei de AMRA age independente de sua crença.

Lembre-se que, independente se você crê ou não nas leis universais, elas incidem sobre você, assim como a lei da gravidade impede sua vontade de voar e flutuar pelo ar sempre que você pula, independente se você concorda ou não com ela. Com a Lei de AMRA não é diferente.

Um dos primeiros sintomas de que você não está em harmonia com a leis universais é o sofrimento e a doença. Até por isso, Spencer Lewis adverte nas primeiras páginas do livro “Princípios Rosacruzes para o Lar e os Negócios”, que “o místico efetivamente familiarizado com as leis da natureza e com as operações dos métodos cósmicos, sabe que o domínio de seus afazeres e o uso da vontade para regular suas condições deve ser dirigido às causas e não à negação das manifestações destas causas.”

O que lhe falta não está em seu poder ou à sua disposição porque você não se harmonizou com isso, ou não soube atrair o que deseja. Veja bem, não estou falando para você começar a crer que tem aquilo que não tem, como muitos ensinam, muito menos ficar fazendo auto-afirmações para manifestar aquilo que se deseja. Tudo começará a funcionar quando você fizer sua alquimia (ou transmutação) mental e estudar as causas do seu sofrimento em acordo com as leis do universo e praticar a Lei de AMRA.

Como bem disse Harvey Spencer Lewis, “enquanto você estiver fora de sintonia com o plano cósmico e não fizer parte do exército de obreiros do Cósmico, não pode esperar que o Cósmico ignore sua negligência e o auxilie.”

Para finalizar, deixo registrado aqui um importante ensinamento contido no livro “O Caibalion”, que traz as premissas de Hermes Trismegistos, o grande Mestre do Antigo Egito: “Os falsos sábios, reconhecendo a irrealidade comparativa do Universo, imaginaram que podiam transgredir as suas Leis: estes tais são vãos e presunçosos loucos; eles se quebram na rocha e são feitos em pedaços pelos elementos, por causa da sua loucura. O verdadeiro sábio, reconhecendo a natureza do Universo, emprega a Lei contra as leis, o superior contra o inferior; e pela Arte da Alquimia transmuta aquilo que é desagradável naquilo que é agradável, e deste modo triunfa.”

“O Caibalion”, dos Três Iniciados. 

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1 comentário em “Conheça a “Lei de AMRA”, a lei do universo que leva à prosperidade”

  1. ótimo texto e explicação. Me lembro de ter visto esta palavra AMRA, nas histórias do Robert E. Howard. Amra, o leão, era o apelido do Conan o bárbaro, o personagem mais popular de Howard. Como Howard era estudioso desses assuntos, creio que usou a palavra.

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