Maçonaria | A Pluralidade da Filosofia Maçônica

A filosofia maçônica é um a agrupamento de diversas filosofias diferentes, sejam orientais ou ocidentais. Isso porque muito do que existe nos mecanismos de funcionamento e operação da Maçonaria foi herdado dos rituais de paganismo antigo e religiões ocultistas  medievais.

Filosoficamente, a Maçonaria emprestou conceitos de diversas vertentes pelo mundo, incluindo, principalmente, correntes de pensamentos egípcios e druídicos. Os objetivos principais entre os maçons, que norteiam as suas balizas filosóficas, são:

combater a tirania e a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade; para promover o bem-estar da Pátria e da Humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício”.

Além disso, a Maçonaria se auto-define como “uma Instituição que tem por objetivo tornar feliz a Humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à religião.”

“Ela é universal e suas oficinas espalham-se por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças”.

Se fossemos enumerar as bases da filosóficas maçônica, teríamos:

  1. Filosofia grega e matemática;
  2. Geometria Euclidiana;
  3. Termos e temas do ofício de pedreiro;
  4. Literatura bíblica, em especial escrituras hebraicas;
  5. Cabala;
  6. Astrologia;
  7. Hermetismo; Dentre os principais tradutores da “Tabua de Esmeralda”, onde estava escrita a filosofia levada da antiguidade para o renascimento, estavam Isaac Newton e Francis Bacon, ambas personalidades às voltas com nomes e filosofias vinculadas à maçonaria. A tradição hermética ganhou novo fôlego no fim da Idade Média e no Renascimento, pela renovação no interesse pela mitologia clássica e o advento da alquimia. Nesse período, Hermes já não era mais considerado um deus, mas sim um sábio contemporâneo de Moisés, que influenciou Platão e os neoplatônicos. Os ocultistas renascentistas interpretavam sua herança filosófica dentro do prisma cristão, tanto que sua filosofia influenciou fortemente os ensinamentos e estudos de sociedades secretas como a Maçonaria e a Ordem Rosacruz.
  8. Simbolismo da Alquimia;
  9. Cultura Egípcia;
  10. Filosofia oriental;
  11. Druidismo. Inserido principalmente por William Stukeley, um aficionado pelos druidas e principalmente pelo monumento de Stonehenge.

Quanto aos nomes que sistematizaram os ensinamentos e os rituais da maçonaria, existem apenas suspeitas, mas dentre os mais proeminentes e certos está Giordano Bruno, cuja filosofia derivava do hermetismo e seu simbolismo dialogava com o ocultismo, traçando um caminho para alcançar a unidade com Deus.

Os Estatutos que governam a maçonaria escocesa formalmente foram escritos por Willian Schaw, entre 1598 e 1599, e eles diziam que os maçons de uma loja escocesa eram testados na arte da memória e multados se não passassem no teste.

Essa pode ser uma ligação importante entre a filosofia maçônica e os estudos de Giordano Bruno, ao mesmo tempo que nos leva de volta aos ensinamentos gregos.

Outro nome importante para o desenvolvimento filosófico da maçonaria foi Sir Francis Bacon, o pioneiro do método científico, que tinha ligações diretas com os maçons do Novo Mundo.

Alguns estudiosos inclusive colocam Francis Bacon como um um dos primeiros chefes maçons, muito por suas relações com Willian Schaw e Sir Robert Moray, figuras centrais da maçonaria de seu tempo.

Muitas teorias ainda alocam Francis Bacon entre os primeiros Rosacruzes alemães, servindo até mesmo com presidente desta ordem em seu início.

Após sua morte, em 1626, ele seria reverenciado entre os cientistas da Sociedade Real, um reduto de maçons devotados à ciência. Aliás, existia uma grande contribuição mútua entre a maçonaria e a Sociedade Real.

Outro nome influente no pensamento maçom foi Cornelius Agrippa, um discípulo de Tritthème que herdou sua biblioteca, e responsável por combinar ocultismo, hermetismo, cabala, medicina, astrologia e alquimia.

O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

As formas mais populares de maçonaria não pediam que o maçom seguisse uma religião específica, mas exigiam que o membro acreditasse em um ser supremo, Deus, ali chamado de o Grande Arquiteto do Universo, o ente Supremo que dotou o Homem de inteligência, ensinando-o a discernir o Bem do Mal.

Embora a Maçonaria não seja uma religião e proclame a liberdade de consciência, tem, contudo, uma crença: ela proclama a existência de um Princípio Criador, ao qual denomina G:.A:.D:.U:. (Grande Arquiteto do Universo).

A crença no Grande Arquiteto do Universo é um dos mais importantes Landmarks da Ordem. A negação dessa crença é impedimento absoluto e irremovível para a Iniciação.

É por isso que nenhum maçom se empenha em qualquer empresa, sem, primeiro, invocar ao G:.A:.D:.U:., em quem reconhecem o Infinito Poder e a Infinita Misericórdia. O Criador incriado.

A maçonaria ensina que a Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo; a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades que encontra na sua existência; a Caridade é a Beleza que adorna o espírito e os corações bem formados, fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.

Daqui advém os símbolos das principais virtudes dos maçons: Fé no G:.A:.D:.U:.; Esperança no aperfeiçoamento Moral, e Caridade para com o gênero humano.

O LIVRO DA LEI

O livro sagrado que se encontra no altar de cada loja pode ser a Bíblia, a Torá, ou o Alcorão.

Esse livro é batizado de O Livro da Lei. O livro da Lei Sagrada de cada religião, adotada pela maioria na localidade, onde julgam existir as verdades pregadas por seus profetas. No Brasil, o Livro da Lei costuma ser a Bíblia Cristã.

Historicamente, independe de religião para se juntar à maçonaria, porém a Igreja Católica Romana ameaçava de excomunhão àqueles que se juntavam à ela.

LEIA MAIS:

LIVROS INDICADOS SOBRE O TEMA:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *