Apocalipse. Armagedom. Fim dos Tempos.
Independente se você é religioso, ateu, cientista ou espiritualista, o fim de tudo é um tema comum e uma certeza.
Seja por uma guerra final entre as forças do bem contra as do mal. Seja por algum corpo celeste, buraco negro, ou por um infortúnio do universo em nosso caminho. Ou até mesmo pelas nossas mãos, num holocausto nuclear.
O fim da humanidade é apenas uma questão de tempo.
Nas principais religiões, orientais e ocidentais, o tema do Apocalipse é algo comum, uma necessidade, seja para um processo de separação “do joio do trigo”, ou para um processo de renovação da natureza.
É bom lembrar que a Terra já passou seis grandes extinções em massa, sendo que a última delas ocorreu há 65 milhões de anos.
Sendo assim, era óbvio que nós, seres humanos, tentássemos prever data deste evento prometido desde o início dos tempos.
A CIÊNCIA DO APOCALIPSE
No que tange à ciência, existe uma data final, mas bem longínqua. No mais tardar, o fim chegará daqui a sete bilhões de anos quando, qual o sol explodirá e transformará este orbe em cinzas.
Se nos atentarmos para as profecias de cientistas para o fim dos tempos previstas pela ciência, talvez, a mais conhecida seja a de Stephen Hawking, para o ano 2600.
Um dos maiores nomes da física moderna, Hawking teorizou o fim do universo quando as estrelas ficarem sem energia e a escuridão reinar no universo.
Para a Terra, o fim chegaria por volta de 2600, segundo seus cálculos, muito pela forma com que nossa população crescente consome energia.
Sua previsão aterrorizante é de que a Terra viraria uma bola de fogo daqui a poucos séculos.
Aliás, o colapso da humanidade como resultado de uma catástrofe natural motivada pelo consumo desenfreado de recursos naturais já foi antes prevista por Sebastian von Hoerner, em 1975.
O cientista alemão marca o apocalipse para os anos entre 2020 e 2050, alegando que a humanidade aumentaria a tal ponto que não seria possível alimentar todo mundo.
Claro, uma previsão alarmante, quase malthusiana. Tanto que os cálculos de von Hoerner foram revisados por outros cientistas que remarcaram o apocalipse nestas condições para depois de 2300, relativamente próximo do que foi proposto por Hawking.
Já Isaac Newton, um dos maiores nomes da ciência de todos os tempos, nos diz que o fim chegará em torno 2060.
Porém, mesmo que Newton tenha usado alguns cálculos matemáticos para sua previsão, ele se baseara em algumas profecias bíblicas para estabelecer seu marco final para a humanidade
No caso de Newton, é sempre bom lembrar que ele, entre os 20 e 30 anos de sua vida foi um estudioso de Cabala, Hermetismo e Alquimia, tendo dedicado grande parte de sua vida também ao estudo da teologia e essa sua marcação pode ter um significado mais místico do que materialmente profético.
Não iríamos deixar de inserir os computadores nessa empreitada de prever o fim dos tempos.
Jay Forrester, um dos pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), pioneiro da ciência da computação, criou um programa de computador que previu um colapso da civilização humana antes do ano 2100.
A previsão é feita com base no modelo de sustentabilidade global para analisar o crescimento populacional, níveis de poluição e consumo de recursos naturais.
O progresso tecnológico ainda pode nos render um inimigo poderoso através da
Segundo o renomado pesquisador Eric Drexler, o caminho natural da ciência é cada vez mais buscar a miniaturização, a auto-reprodução (ou seja, máquinas capazes de fazer outras iguais a elas) e a captação independente de energia (capacidade de retirar energia diretamente do ambiente).
Na visão de Drexler, bastaria alguém mal intencionado, ou um erro de cálculo para que nanomáquinas destruidoras se tornassem a grande praga que flagelaria a humanidade.
Mas nem precisa de um computador quando já temos um relógio que nos indica que estamos a menos de dois minutos do Apocalipse. Parece nome de música do Iron Maiden, mas é um dado alarmante.
Criado por pesquisadores da Universidade de Chicago em 1947, o Relógio do Juízo Final é um símbolo usado para nos lembrar o quão iminente é uma guerra nuclear.
Hoje, o relógio se encontra mais próximo da meia-noite, o marco do apocalipse nuclear, num ponto que nunca esteve desde 1953, quando os teste de dispositivos termonucleares eram feitos por Estados Unidos e União Soviética.
Em 2003, o mesmo relógio marcava sete minutos para a meia-noite. Quando da assinatura do Tratado de Redução das Armas Estratégicas pelos Estados Unidos e pela ex-União Soviética, em 1991, ele chegou a marcar dezessete minutos, mas depois disso só diminuiu.
Com base no estudo do britânico Martin Ress, as armas como a bomba atômica e a bom de hidrogênio nas quantidades que já existem no mundo são suficientes para confirmar as suas conclusões de que ainda nesse século a civilização se autodestrua.
Ele ainda adiciona as armas químicas e biológicas desenvolvidas pela ex-URSS nos anos 1970 e 1980, cujo paradeiro é desconhecido no caldo de possibilidades que leva a sua conclusão. Para Ress, a guerra nuclear é uma das maiores ameaças para os seres humanos.
Porém, um asteroide não nos faria esperar tanto e anteciparia o apocalipse para abril de 2036.
Nem Hercólubus, muito menos Nibiru!
Seu nome seria Apophis, e segundo cientistas Universidade Técnica Estatal Bauman de Moscou especula-se que no momento mais crítico ele estaria a uma distância da Terra dez vezes menor que a Lua, existindo a possibilidade de entrar numa zona perigosa de colisão com o planeta.
Este item entra na gaveta dos desastres naturais. Meteoros, glaciações, erupções vulcânicas e raios cósmicos pode selar o destino da Terra de modo implacável.
A última grande extinção em massa causada por desastre natural ocorreu há 65 milhões de anos e a ciência prevê a próxima para entre 30 mil e 40 mil anos à frente.
Seria uma nova era glacial. A última ocorreu há cerca de 12 mil anos, exatamente quando o homo sapiens começou a andar sobre a Terra. Os cientistas calculam pelo menos dezoito avanços e retrações do gelo nos últimos dois milhões e meio de anos e nós viveríamos exatamente um período entre essas eras glaciais.
Segundo David Raup e John Sepkoski Jr., as extinções em massa também são cíclicas e ocorrem aproximadamente a cada treze milhões de anos
NA RELIGIÃO
No caso religioso, as previsões, ou melhor, profecias, apesar de existirem, não estipulam datas, e aqueles que tentaram calculá-las falharam miseravelmente, como veremos no próximo tópico.
As Testemunhas de Jeová testemunharam três destas previsões falhas para o Armagedom, mas dizem que eles já previram uma novo data. Desde 1975, o Corpo Governante tornou-se mais prudente quanto à referência de datas.
Porém, na consideração de profecias bíblicas sobre o tempo do fim e do Armagedom, continua a enfatizar-se a sua ocorrência num futuro próximo, mas indeterminado.
Alguns críticos afirmam que a revista A Sentinela de 15 de dezembro de 2003, na página 15, parágrafo 6 e 7, terá sugerido sutilmente uma nova expectativa para o apocalipse no ano 2034.
Mas, o artigo não contém qualquer declaração de uma expectativa para o fim do mundo no ano 2034.
Essa conclusão é retirada pela comparação efetuada entre a vinda do Dilúvio, nos dias de Noé, anunciado 120 anos antes da sua ocorrência.
Assim, visto que as Testemunhas creem que vivem nos “últimos dias” deste sistema de coisas desde 1914, alguns críticos prontamente descortinaram uma nova expectativa.
No entanto, tal conceito não é reconhecido nem sequer é objecto de conversa ou interesse entre as Testemunhas de Jeová atualmente.
ALGUMAS PREVISÕES DO APOCALIPSE QUE JÁ FALHARAM!
Desde que o homem começou a associar acontecimentos do mundo com as profecias apocalípticas da Bíblia começaram a surgir pessoas especializadas em calcular a data em que o mundo iria acabar.
O apocalipse anunciado no último livro do compendio sagrado não é profetizado com sua data de ocorrência o que leva o homem a tentar prever em dia virá o julgamento final.
Até por isso, muitas das previsões que já puderam ter sua falha provadas são motivadas por cunho religioso.
Após vários desapontamentos com as previsões falhas, as Testemunhas de Jeová mudaram um pouco sua postura em relação à matemática da filosofia do “fim está próximo, concentremos nossas vidas à Jeová Deus”.
Mas as previsões falhas não são exclusividade das Testemunhas de Jeová, como veremos a seguir.
ALGUMAS DATAS PREVISTAS E FRUSTRADAS PARA O APOCALIPSE:
1806.
Neste ano na cidade inglesa de Leeds ocorreu um evento estranho.
Segundo os moradores da cidade, uma galinha começou a botar ovos no formato da frase Cristo está chegando. Logo, o alarme da segunda vinda de Cristo e do início do apocalipse foi disparado.
As notícias do milagre se espalharam até que um morador estudou o caso e percebeu que a história não passava de uma piada de mau gosto.
23 de agosto de 1843.
O fazendeiro estadunidense William Miller, depois de estudar a Bíblia durante vários anos, concluiu e afirmava ser este o dia escolhido por Deus para acabar com o mundo.
Ele explicava para seus seguidores (chamados de Adventistas ou Milleristas) que o mundo acabaria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Ele pregava e publicava o bastante para conseguiu milhares de seguidores, que chegaram à conclusão que a data definitiva seria 23 de abril de 1834.
Muitos seguidores de Miller venderam ou doaram todas suas posses.
Quando a data do fim do mundo chegou e Jesus não retornou. o grupo se desintegrou, mas alguns remanescentes formaram a religião Adventista.
22 de outubro de 1844. O Dia do Grande Desapontamento.
Este foi o dia em que religiosos norte americanos inspirados em profecias bíblicas esperaram o retorno de Jesus Cristo.
O movimento foi liderado por William Miller novamente que refez suas contas e estipulou esta data como a nova data da revelação do fim dos tempos. Abaixo, um vídeo que explica com detalhes esta data.
1910: O Cometa Haley.
Em 1881, um astrônomo descobriu que a cauda de cometas têm um gás mortal, chamado de cianogênio, tão tóxico quanto o cianeto, que é semelhante a ele.
A descoberta não recebeu muita atenção, até que alguém notou que a Terra passaria próxima à cauda do cometa Halley em 1910.
O respeitado jornal estadunidense “The New York Times” e vários outros questionavam se todas as pessoas do planeta morreriam envenenadas pelo gás tóxico, o que levou a uma onda de pânico nos Estados Unidos.
Finalmente, cientistas com a cabeça no lugar explicaram que não havia motivos para temer a passagem do cometa, que ocorreu sem maiores problemas.
1914: O Primeiro Armagedom (Testemunhas de Jeová).
Em 1876, Charles T. Russell escreveu o primeiro de muitos artigos em que apontava para 1914 como o ano do fim dos tempos dos gentios mencionados por Jesus Cristo.
No seu número de 15 de outubro de 1913, A Sentinela (em inglês) declarou:
“Segundo o melhor cálculo cronológico de que somos capazes, é aproximadamente nessa época — em outubro de 1914, ou então mais tarde. Sem dogmatizar, estamos aguardando certos eventos: (1) O fim dos Tempos dos Gentios — a supremacia gentia no mundo — e (2) o início do Reino do Messias no mundo.”
1925: O Segundo Armagedom (Testemunhas de Jeová).
O discurso Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão, proferido por J. F. Rutherford em 21 de março de 1920 no Hippodrome, na cidade de Nova Iorque, dirigiu atenção ao ano de 1925.
Num folheto publicado naquele mesmo ano, foi dito que, se 70 plenos jubileus fossem calculados a partir da data em que Israel, segundo se entendia, entrou na Terra Prometida, isso poderia apontar para o ano de 1925.
Esse ano também foi relacionado com a expectativa de ressurreição de fiéis servos de Deus pré-cristãos, para que servissem na Terra como príncipes representantes do Reino celestial.
Se isso realmente ocorresse, isso significaria que a humanidade entraria numa era em que a morte deixaria de dominar e milhões que então viviam podiam ter a esperança de nunca desaparecer da Terra.
Embora equivocada, os Estudantes da Bíblia, como eram então conhecidas as Testemunhas de Jeová, partilharam ansiosamente essa esperança com outros.
Os cálculos de tempo e as expectativas criadas causaram sérios desapontamentos.
Depois de 1925, a assistência às reuniões caiu drasticamente em algumas congregações, especialmente em alguns países Europeus.
A revelação de 1935.
Joseph Smith, fundador da religião Mórmon, afirmou em 1935 que Deus havia dito a ele que o fim dos tempos se daria em 56 anos, ou seja em 1991.
O que na verdade, sabemos que não ocorreu.
1975: O Terceiro Armagedom (Testemunhas de Jeová).
As Testemunhas já por muito tempo partilhavam a crença de que o Reinado Milenar de Cristo viria depois de 6.000 anos de história humana.
O livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus, lançado (em inglês) numa série de Congressos de Distrito em 1966, apontava para 1975 como a época em que se perfazia seis milênios desde a criação de Adão.
Após vários desapontamentos com as previsões falhas, as Testemunhas de Jeová mudaram um pouco sua postura em relação à matemática da filosofia do “fim está próximo”, concentremos nossas vidas à Jeová Deus”.
1982.
Em maio de 1980, o fundador da Coalizão Cristã e celebridade televisiva Pat Robertson assustou muitas pessoas quando contrariou ao vivo a passagem Mateus 24:36. que afirma que ninguém sabe o dia ou hora em que o fim chegará.
Ele afirmou à platéia do seu programa que ele sabia quando seria o fim do mundo: “Eu garanto a vocês que, até o fim de 1982, haverá um julgamento no mundo”, ele disse.
1997: O Heaven’s Gate.
Quando o cometa Hale-Bopp apareceu em 1997, surgiram também rumores que uma nave alienígena está seguindo o cometa.
Além disso, as pessoas afirmavam que a nave estava sendo escondida pela Nasa e pela comunidade de astrônomos.
O que podia ser facilmente refutado por qualquer pessoa com um telescópio.
Apesar da negação da existência de tal nave, os rumores foram divulgados amplamente, e inspiraram a criação de uma seita chamada “Heaven’s Gate” (“Portais do Céu”, em tradução livre), que acreditava que o mundo acabaria logo.
Infelizmente, no dia 26 de março de 1997, o mundo acabou para 39 membros do culto, que foram levados a um rancho no meio do deserto e cometeram suicídio por acreditar que suas almas seriam levadas pelos alienígenas.
1999 e Nostradamus.
A escrita metafórica e obscura de Michel de Nostredame, conhecido como Nostradamus, intrigaram estudiosos por mais de 400 anos.
Seus escritos, que dependem muito da interpretação, foram traduzidos e reescritos em inúmeras versões. Uma das suas frases mais famosas afirma “No ano 1999, sétimo mês / Do céu virá o grande rei do terror”.
Muitos devotos das previsões de Nostradamus ficaram preocupados, já que ele tinha grande fama, e acreditavam que esta era a sua previsão do fim do mundo.
Janeiro de 2000.
A virada do milênio deu origem a mais uma previsão para o fim do mundo: o problema, notado na década de 70, seria que muitos computadores não conseguiriam ver a diferença entre o ano 2000 e o ano de 1900.
Ninguém tinha certeza do que isso significaria, mas muitos sugeriam que problemas catastróficos poderiam ocorrer, desde blecautes enormes a um holocausto nuclear.
A venda de armas cresceu muito e várias pessoas prepararam bunkers para viver após a catástrofe.
Mesmo com todos os problemas previstos, o ano novo começou normalmente, com alguns pequenos problemas em computadores isolados.
5 de maio de 2000.
Uma catástrofe global foi prevista por Richard Noone, autor do livro “5/5/2000 Ice: The Ultimate Disaster” (“Gelo: o desastre final”, em tradução livre, sem edição brasileira).
Segundo o autor, o gelo da Antártida teria quase 5 quilômetros de espessura no dia 5 de maio de 2000, quando os planetas se alinhariam no céu, resultando em uma morte gelada para toda a humanidade.
O final dessa história foram milhares de exemplares do livro vendidos, mas sem mortes em massa devido ao gelo derretido. quem sabe o aquecimento global impediu o desastre!
2008.
De acordo com o pastor da Igreja de Deus Ronald Weinland, autor do livro “2008: God’s Final Witness” (“2008: a última testemunha de Deus”, em tradução livre), centenas de milhares de pessoas morreriam a partir de 2006, quando o livro foi lançado.
Ao fim daquele ano, o pastor afirmava que haveria no máximo dois anos antes do momento em que o mundo entrasse no pior período de toda a existência humana.
Até o segundo semestre daquele ano, os Estados Unidos teriam sofrido um colapso, e não existiriam mais como um país independente.
De acordo com o que está escrito no livro, Weinland “coloca a sua reputação em jogo no seu papel de profeta de Deus”.
2012.
De acordo com as profecias e o calendário maia o mundo iria acabar em 21 de dezembro de 2012.
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