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Christian Rosenkreuz | A Lenda do Arauto Rosacruz.

Christian Rosenkreuz, se é que ele de fato existiu, foi um alemão nascido em 1378 que cresceu em um monastério, e teria estabelecido os fundamentos do pensamento e as bases da Ordem Rosacruz.

Seus pais passavam por problemas financeiros e o colocaram ali, onde aprendeu línguas gregas e latinas, e quando atingiu a idade certa partiu em peregrinação à Terra Santa em companhia de um monge, que faleceria durante uma parada no Chipre.

Christian permaneceria em sua jornada, estudando em Damasco, na Síria, com os sábios de Damcar por quase três anos, depois rumando para o Egito, onde teve contato com a obra de Hermes Trismegisto, e a estudou com afinco.

Christian Rosenkreuz - A Lenda do Arauto Rosacruz.

Sua viagem continuou pelo Marrocos – aprendendo sobre magia e cabala – até retornar à Europa, onde seria ridicularizado pelos conhecimentos que acumulou frente aos sábios da Espanha.

Retornou à sua terra natal e refletiu por anos sobre o pensamento humano e a forma como sua reforma moral e intelectual se encaixava nessa realidade.

Desanimado, e ciente de que sua filosofia não era para aquela época, convidou três confrades do monastério para ajudá-lo a transpor todo o seu conhecimento para livros que seriam mantidos em segredo até a chegada de uma nova era do pensamento.

A história ainda nos conta que Christian Rosenkreuz morreu com a idade de 106 anos – algo fantástico para a expectativa de vida do século XV -, no ano de 1484, sendo enterrado num lugar secreto e sem marcação.

Em 1604, irmãos Rosacruzes encontraram sua tumba atrás de uma porta secreta, e em sua lápide, escrito em latim, estava a inscrição: “após 120 anos eu reaparecerei”. Ali dentro, eles encontraram um altar que ficava no meio de uma abóbada que possuía sete lados.

Após um deles deixar cair um archote que usavam para iluminar a escuridão do local, a tumba começou a se iluminar com feixes de luz intensos, de várias cores, que emanavam do altar.

Ali, no interior da tumba de sete lados encontraram, não só pequenos sinos, lâmpadas, canções e hinos, mas também  exemplares de todos os livros da ordem Rosacruz, além de uma cópia de “Vocabularium”, obra de Paracelso, profundo conhecedor de alquimia e de medicina, e uma biografia de Christian Rosenkreuz.

Continuando com a lenda, os irmãos após a descoberta se reuniram e concluíram que foram os designados para encontrar a tumba do fundador de sua ordem, onde todo o necessário pra ergue-la do zero se encontrava.

Após explorarem a câmara heptagonal resolveram remover o altar e ali encontraram o corpo imaculado e muito bem preservado de  Christian Rosenkreuz, que trazia algo preso a suas mãos.

Um exemplar escrito em letras de ouro do livro “T”, o maior tesouro Rosacruz após a bíblia, como referencia o manisfesto “Fama Fraternitatis”.

Os discípulos selaram novamente a tumba e saíram pelo mundo disseminando a palavra renovadora de Christian Rosenkreuz, abrindo caminhos para a Ordem Rosacruz, que se intensificou em Paris, no Século XVIII.

Essa é a lenda de Christian Rosenkreuz, uma clara alegoria do “Cristão Rosa Cruz”.

O “Fama Fraternitatis”, o primeiro manifesto Rosacruz, e onde temos a primeira menção da irmandade pelo seu nome, narrava sua história à partir da vida e da morte de Christian Rosenkreuz, um pseudônimo óbvio, a fonte da filosofia moral e espiritual da Ordem Rosacruz.

Saiba + sobre a Fraternidade Rosacruz nesse texto especial.

Até por isso, o rosacrucianismo começou como um mito.

Uma ordem supostamente fundada por Christian Rosenkreuz  em 1409, que combinava uma ideia de transformação social, estudo da alquimia, cabala, misticismo e teologia cristã.

Alguns ocultistas, incluindo Rudolf Steiner, Max Heindel e Guy Ballard, teorizaram que Christian Rosenkreuz reaparece anos mais trade como o enigmático Conde de St. Germain, um místico supostamente imortal e que possuía o elixir da juventude e a pedra filosofal.

Ele supostamente foi dado com morto em fevereiro de 1784.

Voltaire se referia ao Conde St. Germain como “um homem que sabe tudo e que nunca morre”, e a Teosofia o enquadra como um Mestre Ascenso do Sétimo Raio, a mais poderosa força espiritual atualmente presente no planeta.

Rudolf Steiner identificou a pintura “A Man in Armour”, de Rembrant, como um retrato de Christian Rosenkreuz, em sua suposta manifestação no século XVII.

Saiba + sobre o Conde Saint-Germain nesse texto especial.

Existe uma versão ainda mais profunda e mais carregada de simbolismo hermético sobre a figura de Christian Rosenkreuz, que pode ser conferida nesse link, mas que pela complexidade de suas bases místicas deixaremos, por ora, apenas como sugestão ao leitor.

Em suma, seu nascimento, em 1378, seria apenas mais uma de suas encarnações, e, segundo Max Heindel, a primeira conhecida seria Hiram Abiff, o filho da viúva, mestre pedreiro do Templo de Salomão, e tido como a pedra fundamental da Maçonaria.

Na sequência que Heindel nos apresenta estão Lázaro, o homem de Betânia (ressuscitado por Jesus Cristo, numa alegoria para a iluminação atingida por ele). Posteriormente à sua encarnação como Christian Rosencreuz viria o já citado St Germain e sua última encarnação conhecida, ou melhor, especulada, como Rasputin.

Mas tudo baseado em respeitadas fontes esotéricas e místicas, ou seja, pode ser apenas uma extensão da lenda.

Também existe a crença de que Christian Rosenkreuz era um pseudônimo para uma famosa figura histórica: Sir Francis Bacon.

Muito do pensamento Rosacruz no seu início veio de um antigo livro preservado ao longo dos anos e que reapareceu na Itália, traduzido, em 1463, o “Corpus Hermeticum”, atribuído a Hermes Trismegisto.

Saiba + sobre Hermes Trismegisto nesse texto especial.

Sendo Francis Bacon um discípulo de John Dee não seria de estranhar o fato de que o “mago inglês” seja fonte de algumas das ideias que alimentaram o rosacrucianismo na Alemanha.

E muitas são as teorias que alocam Francis Bacon entre os primeiros Rosacruzes alemães, servindo até mesmo com presidente desta ordem em seu início. Ele ainda tinha ligações com  Robert Fludd (1547 – 1637), um médico inglês influenciado pelas ideias de Paracelso, uma das fontes de sabedoria no túmulo lendário de Christian Rosenkreuz.

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