Maçonaria | Do Templo de Salomão à Nova Ordem Mundial

A Maçonaria, embora não seja uma das mais antigas sociedades secretas do mundo, é, disparada, a mais atuante em todo o hemisfério ocidental.

A sociedade  se manteve por muito tempo dentro da preservação de rituais ocultos e de uma profusão de símbolos, títulos honoríficos e linguagens cerimoniais, permanecendo até hoje como a sociedade secreta que sempre foi, cercada de lendas, algumas alimentadas por eles mesmos.

Os próprios maçons criaram a lenda de que um saber especial foi transmitido a eles ao longo dos séculos.

Outra lenda é a de que Adão, o primeiro homem criado por Deus, foi o primeiro maçom, e que o avental maçônico, que é o traço marcante do costume tradicional da sociedade, representava a folha de parreira que Adão usava.

Maçonaria - Do Templo de Salomão à Nova Ordem Mundial

COMO A MAÇONARIA COMEÇOU?

Apontar o início da Maçonaria é algo não tão simples, pois as origens são cercadas de lendas.

Pesquisadores maçônicos propõem que a sociedade remontaria ao Antigo Egito e à linhagem de construtores de templos e pirâmides egípcias, onde existem muitos desenhos de faraós egípcios usando o avental que era utilizado em rituais, e que lembrava muito a peça maçônica.

Manly Hall, em seus comentários sobre a “Santíssima Trinosofia”, de Conde St. Germain, nos diz que “os iniciados das antigas escolas eram sábios Mestres Construtores, com visão para ver, coragem para fazer e sabedoria para mantes o silêncio”.

Outra corrente de historiadores defende que Tubalcaim foi o primeiro maçom. Descendente de Cain, filho de Lamec com Seba, ele ficou conhecido como pai dos que trabalhavam com cobre e ferro.

Dentre os pioneiros, ainda apontam Ninrode, o fundador da Babilônia e arquiteto da Torre de Babel, um símbolo comum no ideário maçônico.

Porém, o mais icônico e reverenciado pioneiro da Maçonaria foi Hiram Abif.

Hiram Abif, o filho da viúva, e o Templo de Salomão

Basicamente, o núcleo da Maçonaria surge da história bíblica da construção do Templo de Salomão.

Claro, sua filosofia bebe de outras culturas, principalmente da egípcia, mas é fato que muito do que é contado em I Reis, e II Crônicas, na Bíblia Sagrada, sobre Hiram, não o rei de Tiro, mas sim o filho de uma viúva, serve de arquétipo do mestre maçom.

Hiram seria um homem muito habilidoso, capaz de trabalhar com metais, madeira, e pedra, e versado no ramo da construção, incumbido de der o mestre de obras do Templo de Salomão.

Ele foi tido como Mestre (3º grau maçom) e seus ajudantes como companheiros (2º grau maçom), os quais o assassinaram em busca do Segredo da Palavra.

A lenda de Hiram é um dos principais temas da iniciação maçônica, pois o candidato deve “morrer” e “renascer” simbolicamente.

Segundo Max Heindel, Hiram Abiff seria a mais antiga encarnação conhecida de outro personagem enigmático: Christian Rosenkreuz, o arauto da Fraternidade Rosacruz.

O simbolismo do “filho da viúva” pode encontrar paralelos e ecos da história de Hiram na narrativa de Parsifal, e numa lenda envolvendo a construção da Capela de Rosslyn, na Escócia. Essa capela está ligada à família Sinclair, que tem um papel interessante da evolução histórica do ocidente,.

Para os maçons, a palavra templo acabou se tornando sinônimo de um “lugar para receber um ponto de apoio e se reorientar”.

História Oficial da Maçonaria

Homens capazes de construir estruturas de pedra são conhecidos desde o Antigo Egito e o Oriente Médio. E seguindo pelos gregos, romanos, até as catedrais medievais vemos que alguns dominavam a arte de construir com enorme destreza

Os pedreiros (maçons) ao longo dos séculos foram elevados ao topo da arte de construir, acumulando um respeito digno de nota pelo conhecimento e domínio que traziam consigo.

Principalmente os mestres pedreiros experientes que dominavam geometria, matemática e outros campos da filosofia, arte e ciência.

Em torno do século XVI, os pedreiros reivindicaram uma posição mais alta do que os outros artesãos. Eles já se organizavam em lojas e possuíam um primitivo autogoverno ali dentro.

Ou seja, nos primórdios, os maçons eram quase um sindicato.

Chamada Maçonaria Operativa nessa época, desenvolveram-se com o passar dos séculos, não se restringindo apenas a artesãos, mas tornando-se aberta a outros grupos sociais.

Quanto à Maçonaria Operativa é importante esclarecer que, inicialmente, a maçonaria originou-se de corporações de ofício, através de associações de construtores, bem como de várias outras instituições profissionais, como por exemplo: dos sapateiros, carpinteiros, entre outras, cujo exercício do ofício exigia determinadas técnicas, restritas aos iniciados.

Assim se foi até meados do ano 1700 d.C. A partir daí surgiu o que se conhece como Maçonaria Especulativa.

O termo franc-maçon, ou pedreiro livre já era ouvido no século XVI e dizia respeito ao pedreiro livre para viajar e se alojar no local de trabalho, principalmente entre 1100 e 1500 quando as catedrais de pedra estavam no auge.

Acredita-se que a passagem da maçonaria prática para a simbólica e filosófica se deu na virada do século XVI para XVII, na Escócia e na Inglaterra.

Com isso, as lojas maçônicas começaram a atrair membros que não eram pedreiros (chamados especulativos), e logo, em algumas lojas, o número deles excedia o dos membros artesãos (operativos).

As lojas simbólicas ganharam ainda mais força quando, em 1717, quatro lojas maçônicas na Inglaterra se uniram, nascendo a Grande Loja de Londres, da qual se origina todas as lojas do mundo.

Nesta Loja, até o ano de 1721 ocorreu uma pesquisa geral dos costumes e leis da Maçonaria, objetivando regulamentar a Ordem. Sendo, assim, o marco da Maçonaria Especulativa.

Ao passar de Operativa para Especulativa, a Maçonaria não mais se restringia a artesãos, mas dispôs a estar aberta a outros membros. Mesmo assim, somente o Grão-Mestre pode aceder a petição que permitia a abertura de uma nova loja.

Uma das primeiras representações artísticas dos maçons é uma arte satírica de William Hogarth, um dos artistas mais influentes de sua época, intitulada “Night”. Nela, a maçonaria era vinculada a tabernas e hospedarias.

“Night”, de William Hogarth.

Porém, à medida que se desenvolviam, mudaram sua imagem ao proibir bebidas em suas lojas, e devotando à moralidade na “obra” de sua loja.

O aspecto mais problemático para os maçons, e uma de suas grandes controvérsias, era a de que quem aceitava o juramento dava em primeiro lugar sua obediência a seu ofício, e não a Deus.

Até por isso, vários grupos religiosos se diziam anti-maçons.

No século XVIII os aspectos sociais da maçonaria já oferecia ao membros uma benefício real.

Os maçons ofereciam uma mistura de simbologia, moralidade, amizade e diversão que agradava variadas personalidades, o que para um membro de classe ascendente significava relações com classes sociais elevadas.

A maçonaria se dividia (e ainda se divide) numa estrutura de casta e numa lógica de mistério, e consequentemente a ordem não está aberta a qualquer um. Cada membro costumava ser escolhido de acordo com uma série de critérios, principalmente, econômico.

No início do século XVIII grande parte do tempo da Maçonaria era dedicada a questões administrativas, mas o ponto alto era a iniciação de novos membros ou a concessão de graus, ou ordens elevadas para os membros que já faziam parte da ordem há algum tempo e seguiam suas regras.

Esse tom secreto faz com que a Maçonaria seja sempre especulada como mais do que um segmento filantrópico, filosófico, educativo e progressista, como ela se auto-define.

Além disso, a maçonaria encontra na adversidade um forte poder de enlace aos demais grupos religiosos.

Os maçons não possuem uma liderança central e o que chamamos de maçonaria é, na verdade, um número de unidades autônomas e separadas que podem ou não, cooperar entre si. Algumas delas nem se reconhecem mutuamente como partes da maçonaria, como no caso dos maçons Prince Hall, que são negros.

Ao longo da história, a maçonaria se dividiu várias vezes e algumas partes nunca mais se juntaram novamente.

No que tange aos graus, existem dois ritos principais: 1) O rito de York, com treze graus; e o 2) rito Escocês, com 32 graus. O 33º é conferido pelo Supremo Conselho governante, apenas como uma honraria.

Basearemos muito do nosso texto no Rito Escocês, mas cabem algumas observações pertinentes.

Ambos os ritos surgiram por volta de 1806 e os maços podem seguir até os dois e adquirir todos os graus de ambos. Ainda é possível dar um salto do quarto grau para o trigésimo segundo em apenas um dia.

Como eles próprios ensinam:

“A Maçonaria, meu Irmão, é uma associação cosmopolita em sua índole e em sua essência; há, entretanto, nas várias partes do mundo ritos que diferem apenas na forma exterior na Ordem e números de Graus e em alguns pontos regulamentares o que, todavia, não impede que os maçons a eles filiados se reconheçam mutuamente, e se tratem como Irmãos.”

O Rito de York tem origens remotas, provavelmente na Escócia em meados do século XVIII, e passou a ser utilizado na Inglaterra em 1777. É o segundo rito mais praticado na Maçonaria contemporânea.

Além dele e o do Rito Escocês, temos ainda o Rito de Schroeder, fundado na Alemanha em 1766, com as práticas rituais totalmente simplificadas. Inclui no simbolismo conceitos iniciáticos de magia, teosofia e alquimia. Além dos três Graus simbólicos possui quatro Graus superiores.

Grosso modo, os rituais, senhas, símbolos e práticas da Maçonaria já foram expostos tantas vezes e seus membros não mais escondem fazem parte da ordem que já nem sei se cabe chamar-lhes de sociedade secreta.

Já em 1730, Samuel Prichard, no livro “Mansory Dissected”, trazia descrições impressas dos principais rituais maçônicos, e foi um livro que circulou relativamente bem. No mesmo ano, Benjamin Franklin publicou rituais maçônicos numa edição do periódico Pennsylvania Gazette.

Por volta da mesma época, a maçonaria entrou na América, mais precisamente em Nova York e na Filadélfia, se espalhando para todas as demais colônias.

O papa Clemente XII condenaria a maçonaria em 1738, o que justificaria o maior impulsionamento da ordem na América, afinal a maior parte dos homens responsáveis pelo nascimentos dos Estados Unidos era não-católica.

Com isso, muitos colonizadores ilustres estavam livres para se juntar à maçonaria. Dentre eles estavam George Washington, Paul Revere, Benjamim Frankiln e John Hancock.

Ao contrário do que muitos pensam, Thomas Jefferson não era maçom, mas acreditava firmemente em evitar a religião patrocinada pelo Estado.

Já Benjamim Frankiln era maçom desde 1731, e junto a Voltaire se juntou a uma loja francesa em 1778, num emblemático simbolismo de que razão e o Iluminismo nos dois continentes caminhavam juntos. Os dois estavam ligados à Loja das Nove Irmãs, formada por livre-pensadores que desafiavam a Igreja e a monarquia, de uma forma tão radical que influenciou as revoluções francesa e americana.

Benjamim Franklin também era interessado em alquimia, o que o uniu a Isaac Newton e Joseph Priestley, esse último, um dos primeiros a mover a alquimia em direção a química.

Dentre os grandes nomes da maçonaria norte-americana está Albert Pike. Por vola de 1870, Albert Pike completa sua ambiciosa elaboração dos graus do Rito Escocês, intitulado “Dogma e Moral”,  que compilava ensinamentos egípcios, hebraicos, babilônicos, gnósticos, e hindus, oriundos de fontes antigas e ocultistas.

Este livro forneceu amparo àqueles que acusavam a maçonaria de satanismo, quando ele defendeu uma visão de Lúcifer como “luz” ou “iluminação”, como a que vimos nesse texto.

A era de ouro da Maçonaria se de nos Estados Unidos, no século XIX.

Nessa época, muitos homens tiravam vantagem de seu prestígio como membros e fizeram negócios baseados em suas relações dentro da fraternidade. Um maçom podia chegar em uma cidade estranha e simplesmente dirigir-se direto à loja local para pedir ajuda para encontrar acomodações ou até mesmo receber um pequeno empréstimo.

A vida política nesse período tendia estar ligada à maçonaria, chegando ao ponto de certos estados não aceitar governadores que não fossem maçons.

Isso iria até o fim do século XVIII, quando os fatos comprometedores de suas relações com jacobinos e os illuminati vieram à tona, e os maçons viraram alvo, justificativa de insucessos de homens de negócios e políticos não ligados à ordem.

E também teríamos o assassinato de William Morgan, em 1826, no interior de Nova York, por maçons que saíram livres do julgamento. O reflexo direto foi um sentimento anti-maçom na Nova Inglaterra e em Nova York, tornando-se uma força política dentro da América, representado oficialmente pelo Partido Antimaçom.

Na eleição para presidente de 1832 o Partido Antimaçom surgiu como uma terceira via na política norte-americana, mas seria derrotado por Andrew Jackson, um maçom.

Ao longo do século XX a Maçonaria se expandiria por todo o mundo, sólida, mas longo do foco inicial. Existe até uma lenda de que a primeira bandeira a ser levada para o solo lunar, quando o homem foi à lua, em 1969, foi a maçônica, que estava escondida com Armstrong e Aldrin.

Essa bandeira foi trazida de volta e está em exibição na Casa do Templo.

Saiba tudo sobre a ida do homem à Lua neste texto especial, clicando aqui!

 

SÃO JOÃO BATISTA

O Protetor da Maçonaria é São João Batista.

Ele é lembrado como um Mestre

friamente assassinado para satisfação dos caprichos de uma mulher fácil e vingativa, depois de encarcerado em uma masmorra, por ter proclamado, publicamente, as faltas e os erros cometidos pelos ricos e poderosos, pelos que martirizavam o povo, pelos que usavam de violência e da arbitrariedade abusando do poder e pelos que juravam falso para melhor exercerem suas vinganças.”

Sua figura representa o verdadeiro Maçom, sacrificando-se pelos supremos ideais, imolando-se às arbitrariedades dos poderosos e dos tiranos.

R:.E:.A:.A:.: O Rito Escocês Antigo e Aceito

R:.E:.A:.A:.: trata-se do Rito Escocês Antigo e Aceito, o qual é o rito mais usado na maçonaria, atualmente.

Divide-se em 33 Graus, sendo os três primeiros denominados simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre) e os demais filosóficos.

Os 33 Graus são divididos em sete séries.

A primeira série se trata dos Graus Simbólicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre.

A segunda série, já na parte filosófica, denomina-se Graus Inefáveis, vinculados às Lojas de Perfeição, sendo:

  • 4º de Mestre Secreto
  • 5º de Mestre Perfeito
  • 6º de Mestre por Curiosidade (Secretário Íntimo ou Mestre Inglês)
  • 7º de Preboste e Juiz ou Mestre Irlandês,
  • 8º de Intendente dos Edifícios ou Mestre de Israel
  • 9º de Mestre Eleito dos Nove
  • 10º de Mestre Eleito dos Quinze ou Ilustre dos Quinze
  • 11º de Sublime Cavaleiro Eleito
  • 12º de Mestre Arquiteto ou Grão-Mestre Arquiteto
  • 13º de Cavaleiro do Real Arco ou Cavaleiro Arco-Real
  • 14º de Grande Eleito da Abóbada Sagrada (Sublime Maçom, Mestre Antigo, Antigo Mestre Perfeito, ou Grande Eleito Perfeito).

A terceira série são os Graus denominados Capitulares, vinculados aos Capítulos. Sendo:

  • 15º de Cavaleiro do Oriente ou Cavaleiro da Espada
  • 16º de Príncipe de Jerusalém
  • 17º de Cavaleiro do Oriente e do Ocidente Perfeição
  • 18º de Cavaleira Rosa-Cruz ou Soberano Príncipe Rosa-Cruz.

A quarta série de Graus é os da Maçonaria Negra, os Graus filosóficos propriamente ditos, vinculados ao Conselho Kadosch, sendo:

  • 19º Grande Pontífice (Grande Pontífice da Jerusalém Celeste, Supremo Escocês da Jerusalém Celeste ou Sublime Escocês)
  • 20º Venerável Grande Mestre de Todas as s Regulares ou Soberano Príncipe da Maçonaria
  • 21º de Noaquita ou Cavaleiro Prussiano
  • 22º de Cavaleiro Real-Acha (Cavaleiro do Real Machado ou Cavaleiro do Líbano)
  • 23º de Chefe do Tabernáculo
  • 24º de Príncipe do Tabernáculo
  • 25º de Cavaleiro da Serpente de Bronzeou Cavaleiro Airain
  • 26º de Escocês Trinitário ou Príncipe da Mercê
  • 27º de Grande Comendador do Templo
  • 28º de Cavaleiro do Sol (Príncipe Adepto, Mestre Cavaleiro do Sol, Grão Mestre da Luz ou Patriarca das Cruzadas)
  • 29º de Grande Escocês de Santo André
  • 30º de Cavaleiro Kadosch – Grande Eleito cavaleiro Kadoch ou Cavaleiro da Águia Branca e Negra.

Da quinta até a sétima séries são graus da Maçonaria Branca ou a Administrativa, propriamente dita, denominado de Tribunais. É o 31º de Grande Inspetor Comendador ou Grande Inspetor Inquisidor Comendador. O do Consistório é o 32º que é o Sublime Príncipe do Real Segredo. O último é o do Supremo Conselho que é o 33º denominado o Soberano Grande Imperador Geral.

AS TRÊS COLUNAS DA MAÇONARIA

O entendimento de coluna, concreta, para a Maçonaria, é o de uma viga cilíndrica vertical oca que sustenta, simbolicamente o templo.

A coluna é o princípio de sustentação de qualquer edifício ou construção, já que sobre as colunas as grandes obras são construídas ou sustentadas.

Na maçonaria não é diferente, as três colunas que tem em sua representatividade são o Venerável Mestre, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante.

VENERÁVEL MESTRE

O Venerável Mestre é a primeira dignidade em hierarquia na Loja. Personifica Salomão, alegoricamente.

Compete-lhe presidir os trabalhos. Possui poderes para nomear e demitir os cargos de confiança e os membros das comissões, dar e cassar a palavra, introduzir, acelerar, retirar e retardar matéria em discussão.

É representado pela coluna Jônica.

PRIMEIRO VIGILANTE

O Primeiro Vigilante é a segunda dignidade em hierarquia na loja, a coluna Dórica.

Compete-lhe ritualisticamente presidir a coluna do norte e do ocidente, distribuir a palavra, e outras atribuições que serão esclarecidas ao longo

SEGUNDO VIGILANTE

A coluna do Segundo Vigilante tem o nome de Coríntia e sempre está deitada nos trabalho de aprendiz maçom.

É claro que esta representação está ligada diretamente a formação. Como o aprendiz se encontra em estado de pedra bruta e no processo de lapidação, a beleza está ainda ausente, ou melhor ainda vai ser conquistada através da busca do conhecimento e de uma lapidação moral de seus vícios como ensinam os rituais.

A Influência Maçônica na História

A participação histórica da Maçonaria no cenário dos últimos séculos é um fator dos mais interessantes e importantes.

A presença maçônica pode ser notada, por exemplo, na Revolução Francesa, deflagrada no fim do século XVIII. Seu ideais foram lemas adotados nesse episódio e mostrou que havia interesses ocultos por trás da revolução, que teve como lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.

Outra revolução que teve base nesses princípios foi a Americana.

Historicamente, a maçonaria, em primeiros e segundo planos é o elo entre o Velho Mundo e o Novo Mundo, e muitos de seus alicerces filosóficos estão aspergidos e refletidos na Revolução Americana de 1776.

Havia nove maçons reconhecidos entre os cinquenta e seis assinantes da Declaração de Independência dos Estados Unidos. Todos eram brancos, de importância, a maioria cristãos e protestantes, e fundamentados pelos pensamentos Iluministas. Ainda o compositor do hino norte-americano, Francis Scott Key, era maçom.

Durante a Revolução Americana houve um desfile maçônico no meio dos militares em West Poin, em 1779, conduzido por George Washington.

Após a revolução, temos a idade de ouro da maçonaria americana. Tinha-se um cardápio rico para escolher entre os maços, porque havia os de Rito Escocês e de York, os “Antients” e os “Moderns”, e os brancos (a maioria) ou os negros (o Prince Hall Freemasons).

Em 18 de setembro de 1793, a cerimônia que marcou o início da construção do Capitólio, na cidade recém-fundada de Washington foi classificada por um jornal local como “talvez a maior procissão maçônica jamais vista”.

Presidindo a colocação da pedra angular estava George Washington, presidente dos Estados Unidos e temporário grão-mestre dos maçons.

Junto a eles estava uma espada cerimonial e a Bíblia maçônica.

George Washington untou a pedra angular, após usar uma colher de prata para colocar a argamassa e assentá-la, com milho, vinho e óleo, um antigo sistema de consagração que também incluiria sal, mas esse item foi negligenciado pelos americanos.

Esses quatro elementos seriam tributos aos deuses pagãos da terra, do fogo, do ar, e da água, mais antigos que os deuses gregos, romanos ou egípcios, também símbolos sobre os quais comentaremos posteriormente.

Na história brasileira, a Maçonaria também deixou sua marca. Como na Inconfidência Mineira, na qual o jovem Tiradentes era um maçom iniciado na casa de Silva Alvarenga.

A Maçonaria esteve no encalço da Independência do Brasil. José Bonifácio e Dom Pedro I eram maçons. Sua colaboração também se manteve até a República, pois Marechal Deodoro também fazia parte da organização.

A Maçonaria como Berço de outras Sociedades Secretas

Alguns historiadores afirmam que outras sociedades secretas tiveram seu berço na Maçonaria, assim como inferem que a Maçonaria é um dos frutos do desmantelamento dos Cavaleiros Templários.

O fundador da Mafia, Giuseppe Mazzini (1805-1872), teria sido uma grande figura entre os maçons do século XIX.

Na mesma época, na América do Norte, Albert Pike (1809 – 1891), um dos maçons mais proeminentes de sua época, reescrevendo rituais e escrevendo vasta literatura que o coloca entre os mais emblemáticos nomes da história da Maçonaria, foi um dos idealizadores que ajudou a criar a Ku Klux Klan (sobre a qual escrevemos nesse texto especial).

Além dessas, não podemos nos esquecer dos Illuminati.

Diz a lenda que, segundo consta, os Illuminati seriam uma corruptela da Maçonaria, iniciada por Adam Weishaust, um professor da Bavária que teria iniciado a ordem em 1776.

Adepto da maçonaria, Adam conseguiu, através do Barão de Knigge, que os Illuminati fossem aceitos nos graus mais elevados da maçonaria.

Nos dias atuais a Maçonaria está intimamente ligada aos modernos Cavaleiros Templários.

A Filosofia Maçônica

Filosoficamente, a Maçonaria emprestou conceitos de diversas vertentes pelo mundo, incluindo, principalmente, correntes de pensamentos egípcios e druídicos.

Quanto aos nomes que sistematizaram os ensinamentos e os rituais da maçonaria, existem apenas suspeitas, mas dentre os mais proeminentes e certos está Giordano Bruno, Willian Schaw, Sir Francis Bacon, Cornelius Agrippa.

Embora a Maçonaria não seja uma religião e proclame a liberdade de consciência, tem, contudo, uma crença: ela proclama a existência de um Princípio Criador, ao qual denomina G:.A:.D:.U:. (Grande Arquiteto do Universo).

O livro sagrado que se encontra no altar de cada loja pode ser a Bíblia, a Torá, ou o Alcorão.

Esse livro é batizado de O Livro da Lei. O livro da Lei Sagrada de cada religião, adotada pela maioria na localidade, onde julgam existir as verdades pregadas por seus profetas. No Brasil, o Livro da Lei costuma ser a Bíblia Cristã.

Para ler nosso texto sobre a filosofia maçônica clique nesse link.

SIMBOLOGIA MAÇÔNICA

Os símbolos utilizados nos ritos maçônicos são baseados na arte da construção, por sua vez carregados de ensinamentos éticos e morais, ajudando o maçom a desenvolver um relacionamento com Deus, o “Grande Arquiteto do Universo”.

A simbologia da maçonaria é quase incalculável, afinal a linguagem simbólica é um dos elementos mais importantes para esta ordem. Eles mesmos dizem que “se encontram no nível e se separam no esquadro”, ou seja, se encontram como iguais e se separam com verdadeira amizade.

Os maçons também possuem sinais secretos de reconhecimento, comprimentos, palavras-chave e códigos.

Também usam aventais ricamente decorados em suas cerimônias, junto com medalhas, espadas, faixas e “jóias” que são frequentes agrupamentos complexos de simbologia.

É importante reforçar que os símbolos maçônicos podem ser encarados debaixo de múltiplos pontos de vista e cada um deles dá lugar a interpretações filosóficas análogas, mas diferentes.

Para ler nosso texto sobre os principais símbolos maçônicos basta seguir esse link!

A Demonização da Maçonaria, Illuminatis, e a Nova Ordem Mundial

Ao longo dos anos a Maçonaria foi demonizada no ocidente.

O papa Clemente XII já condenou a ordem no século XVIII, ameaçando de excomunhão da Igreja os fiéis que se tornassem maçons.

Por volta de 1830 tiveram início os rumores mais perturbadores sobre a maçonaria, acusando-os de adoradores do Diabo. Nos Estados Unidos, a maçonaria foi considerada injuriosa, sofrendo grande perda de prestígio  até ser reabilitada por maçons como Albert Pike.

E não pararia por aí! O ar de mistério da Maçonaria, como sociedade secreta, sempre despertou teorias conspiratórias e lendas ao longo dos anos, como a Nova Era e a Nova Ordem Mundial.

O Reverendo Alberto Matos, sobre a Maçonaria, disse

“É uma sombra que, ao meu parecer, constitui uma das mais fortes religiões do globo, pois em si compreende membros de todas as outras (inclusive evangélicos). É abrangente em suas idéias como a Nova Era, mas também tão concreto quanto a Igreja Romana, Não é uma simples corrente filosófica, mas uma instituição; não se identifica como religião, mas braço da mesma. Com essa camuflagem, tem a vantagem de crescer em qualquer campo, até mesmo em nossas Igrejas.”

A Maçonaria está no mundo há alguns séculos e, sem que nós saibamos, continua Matos, “tem sido o ventríloquo de muitos personagens históricos”. 

E aí entra a inserção da Maçonaria na teoria da Nova Ordem Mundial.

Muito por causa da lenda que os Illuminati procuravam estabelecer uma Nova Ordem Mundial, que se tornou vigente, colocando a sociedade secreta nas sombras da história mundial.

Livro escritos por John Robinson e o abade Baruel, por volta de 1797, alimentaram esta teoria conspiratória, reivindicando aos Illuminati ligações com a Revolução Francesa e os Cavaleiros Templários.

Uma fama que respingou fortemente na maçonaria.

A conspiração maçom/illuminati se tornou uma parceira dos judeus na inserção da Nova Ordem Mundial por uma conspiração global.

Não há como negar que existem indícios  e até mesmo provas de que a Maçonaria, ou membros destacados desta sociedade conspiraram em vários momentos da História.

Assassinatos, chantagens, desaparecimentos  e mistérios  insolúveis foram relacionados a objetivos maçons, e se em alguns lugares ser maçom era quase uma forma de status, em outros, a perseguição era certa.

Por fim, é certo que a Maçonaria é um tema frequente entre os estudiosos da teoria da Nova Ordem Mundial, e até por isso, a ressonância nas informações e no registro dos fatos é um problema para a real compreensão história e filosófica da ordem.

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